domingo, 8 de julho de 2007

EDIÇÃO 16 - DE 10 A 17 DE JULHO

Editorial - Adeus, Inconstrução

“Adeus, NoMínimo”, essa foi a manchete de capa do caderno D+ do O Diário do Norte do Paraná do último sábado dia 30. Fabio Massali, que assina a matéria, começa seu texto assim: “É estranho escrever sobre um moribundo em seu último dia de vida. Normalmente no jornalismo a notícia é a morte em si, depois de consumada, não a perspectiva de seu acontecimento inerente, embora inadiável e com data marcada.” Assim, aproveitamos a deixa para informar aos leitores do blog Inconstrução que este é o ultimo editorial publicado pelos alunos do 2º ano de jornalismo matutino. Depois do recesso os acadêmicos ganharam novo espaço, o site Folha Acadêmica, e assim o Inconstrução terá concretizado seu papel de “construir” profissionais humanos e capacitados.
Não há como comparar o adeus de NoMínimo com o fim de Inconstrução, afinal nomes como Ivan Nishi, Lívia Miranda, Alexandre Gaioto, Aline Bueno, Lizandra Cortez Gomes, Thiago Soares, Walter Pereira... diante de Zuenir Ventura, Ricardo Kotscho, Villas Boas Corrêa, Guilherme Fiúza e Tutty Vasques não podem ocupar o mesmo parágrafo. Contudo, sabemos que este foi, e será, o primeiro meio em que todos nos futuros jornalistas demos nossos primeiro passos. Quem sabe para um dia ser citado em alguma outra matéria, de outro blog qualquer, como grande nome do jornalismo, e mesmo que quem leia jamais saiba quem é você.
“O nome é uma brincadeira com a palavra construção - a construção do texto, a construção do profissional, a construção do jornalista, assim como a desconstrução (in no sentido de negação) dos próprios mitos, histórias e fatos que cercam e existem dentro da cidade de Maringá.” Esta é a definição que encontramos logo aqui ao lado sobre o blog, e certamente será lembrado por todos aqueles que contribuíram para que semanalmente notícias, críticas, entrevistas, reportagens, editoriais, artigos, fotolegendas e crônicas fossem publicadas, apresentando um jornalismo criativo e inovador, para não dizer amador e inconseqüente.
O Inconstrução sai do ar, não por motivos econômicos, afinal só quem posta o Blog a meia – noite de domingo sabe que não é por dinheiro que se trabalha, ou não? De qualquer forma, ganhamos agora novo espaço: a “Folha Acadêmica”, que após o período de recesso vai ser o novo espaço de publicação sobre fatos e eventos de Maringá e do mundo a partir da perspectiva jovem e autentica dos alunos de 2º ano de jornalismo do Cesumar. Assim, depois de 16 edições, algumas discussões, muitas indagações e ainda inúmeras questões sem respostas, chega hora de iniciar uma nova fase. E que possamos continuar escrevendo com liberdade e criatividade, levando conosco o ideal de “desconstrução” para os futuros projetos. Adeus, Inconstrução. (Ivan Nishi)

Crônica - Adeus Cinturinha de Pilão

Maldita matéria da Veja! Se eu não tivesse gostado tanto, juro que processava. É, processo por influência ao vício.
Estava tudo lá exposto, falando que era levinho, divertido, você pode ser quem, ou o que você quiser.
Droga, agora passo tardes inteiras alimentando esse vício. Mas é porque fica tudo tão colorido. Todo mundo é tão bonito, os cabelos parecem sedosos, as roupas parecem ter neon, e por incrível que pareça até posso voar.
Conheci um mundo onde as pessoas são felizes, se você quer algum dinheiro é só dançar, mas não que você precise realmente dele. E o melhor de tudo, é que você nem sente fome, nem sono, nem tem vontade de ir ao banheiro. E também podemos viajar léguas sem sair do lugar, em um único dia, fui para a Bahia, Nova York e uma tal de Pay Hippie.
Se eu pudesse ficaria nesse mundo a vida inteira. Não pararia nenhum um pouquinho. Mas ai logo lembro, “Poxa, amanhã tem prova de rádio e eu ainda não estudei nada”. Mas a minha obsessão por esse mundo não se abala, pois logo depois daquele momento de responsabilidade eu penso “Mas ah, ta tão legal assim, mais tarde eu estudo”. Claro que esse ‘mais tarde’ nunca chega, até a hora de fazer a prova e me dar mal.
Se tem uma coisa que me arrependo na vida, foi ter aberto a revista bem naquela página idiota com a maldita matéria. Na matéria mostrava pessoas que eram usuários do meu objeto de vício. Eram pessoas bem sucedidas, adultos, com caras sérias, como ia imaginar que isso ia acontecer comigo?! E em nenhum momento foi dito que eles eram viciados. Tá, até falava que usavam frequentemente, mas repito, em nenhum momento foi dito a palavra vício, no qual estado me encontro agora.
Claro que agora o que me resta é me tratar. Como?! Também não sei. Às vezes penso que será impossível me desligar um minuto do que tem me trazido tanta diversão, tanta felicidade.
Acho que vou pedir ajuda ao meu irmão. Ele já se livrou de várias dessas. Tenho que recorrer a alguém com experiência, pois sozinha nunca vou me desconectar. Mas só de pensar em abandonar meu avatar, meu coração fica partido.
Com meu avatar já conheci gente da Suíça, gente da Grécia, gente da Tailândia, e lugares que com certeza nunca vou conhecer na vida. E também nunca vou atingir a cinturinha de pilão que eu mesma fiz. Com certeza nunca vou ter uma roupa com asas. E muito menos mais de 1 metro e 70 centímetros.
O que mais me deixaria feliz em trazer para a minha “first life” seria não precisar trabalhar, sentar em um banquinho e ganhar 15 liddens por hora. Ou quem sabe até me teletransportar para qualquer lugar do mundo “Ah, enjoei do Brasil, vou para a China”.
Maldito Second Life! Vou ter que te deletar do meu computador. Espero nunca encontrar nenhuma lan house com ele instalado.
Adeus Dilia Tripsa. (Lizandra Cortez Gomes)

Crítica - Assuntos delicados

Assunto de Meninas (2001) é um filme que trata de um assunto polêmico, porém de uma forma delicada, frágil e forte ao mesmo tempo. O longa é uma produção canadense dirigido pela suíça Léa Pool, que conta com um elenco de jovens estrelas, entre elas está Mischa Barton, a Marissa da série The O.C.

O filme aborda o homossexualismo de uma forma sutil, mostrando ao público a história de amor de duas estudantes de um colégio interno que sofrem ao não poderem ficar juntas por causa do preconceito.

O desenrolar da história se dá quando Mary, personagem de Mischa Barton, é levada pelo pai para estudar em um colégio interno só para meninas, onde logo conhece Tory (Jéssica Pare) e Paulie (Piper Perabo), suas colegas de quarto. Rapidamente, Mary percebe que a relação das duas jovens vai muito além do que uma amizade e observa, sem se envolver, o romance de suas colegas.

Com o tempo, a história de amor das duas protagonistas vai sendo consumida pelo preconceito e Tory, para não decepcionar a família, abre mão de seu amor e começa a namorar um garoto.

De coração partido, a rebelde Paulie surta e entra num processo de destruição e autodestruição. Personagem este que foi muito bem interpretado por Perabo, com falas intensas, dramáticas, misteriosas e cheias de simbolismos.

Léa Pool conseguiu fazer um romance envolvente. Tratou de um assunto polêmico de maneira doce, porém sem cair no melodrama. O que talvez tenha sido o motivo da película ter ganho o prêmio de melhor filme no Festival de Estocolmo.

Além das grandes atuações, Assunto de Meninas possui um excelente enredo, cenário, fotografia e trilha sonora.

O final do filme é ótimo, toca o expectador como poucos filmes conseguem fazer. É bonito e dramático sem ser clichê. (Fernanda Inocente)

Notícia - Casa de show gera polêmica entre moradores

Inauguração é vista com bons olhos pelos vizinhos mais jovens do bairro, já os mais velhos, temem barulho e algazarra



A casa de show “Baile Caipirão Country Clube”, inaugurada no dia 6 de julho na Avenida Morangueira, no Jardim Alvorada, é motivo de preocupação de alguns moradores do bairro. Enquanto as famílias que moram na redondeza temem tumulto e desordem no bairro, os mais jovens ficaram entusiasmados com a nova opção de lazer.

Telma Regina dos Santos, moradora mais próxima dessa casa de show, teme as conseqüências da nova opção de lazer do bairro. “Tudo aqui é muito tranqüilo, e essa casa de show é bem em frente à minha casa, vai gerar muita bagunça. Tenho certeza que vai ter muita gente bêbada, que vai virar a madrugada lá e ainda estacionar o carro bem na porta de casa”, salientou. “Tinha que ser perto de algo que não é residencial... mas eu andei conversando com alguns vizinhos e nós estamos até pensando em fazer um abaixo assinado, porque é complicado pra gente que trabalha ficar ouvindo barulho a noite inteira”.

Everton Teixeira, outro morador do bairro, é da mesma opinião que Telma. “Eu sou a favor de progresso e essa casa de show talvez seja uma evolução para o bairro, mas o problema é o barulho. Show até tarde vai ser problema para os moradores, principalmente porque temos que trabalhar no outro dia cedo e essa situação acaba se tornando complicada”, argumentou.

Segundo a moradora Iracy Garcia, caso a casa de show cause transtornos, ela terá que tomar medidas a respeito. “Não gosto de ser contra as pessoas, aquela senhora chata que é contra tudo, mas se houver muito barulho e começar a atrapalhar nossa tranqüilidade eu terei que fazer uso do abaixo assinado”, disse.

JUVENTUDE

Já os vizinhos mais jovens do lugar, acham a abertura da casa de show algo maravilhoso. Segundo Roger Chavier de Souza, 20, ele não precisará ir até o centro da cidade para se divertir, pois a diversão estará bem na esquina da sua casa. “Essa casa de show vai ser uma boa, até porque os vizinhos não vão poder falar que só nós que ouvimos música alta.”, afirmou.

William Oliveira da Silva, 20, é da mesma opinião. “O que mais tem aqui no bairro são jovens e todos eles estão adorando a abertura dessa casa de show, o pessoal curte mais dance, black, mas country também é bom”.

SEGURANÇA

Segundo Ednalva, os moradores não precisam se preocupar com o barulho e a bagunça da casa de show. “Providenciamos tudo para que os vizinhos que moram aqui perto não se incomodem, pois o Caipirão Country terá tratamento acústico e por isso, não haverá barulho”, explicou.

A casa de show estilo country, tem capacidade para 800 pessoas e na estréia contou com a presença das bandas Elton e Thiago e a San - Marini. “Com o tempo pretendemos trazer artistas mais famosos. Casa de show desse gênero é mais conhecida em São Paulo, em Maringá ainda não tem... Por isso, resolvi trazer para essa cidade. Essa casa de show é algo bem famíliar, uma busca antiga e estou feliz por finalmente agora estar realizando esse projeto”, disse Ednalva.

Segundo a proprietária, o “Baile Caipirão Country Clube” é situado em um lugar que está carente de casas de shows e acredita que a mesma irá trazer-lhe sorte. “A pouco tempo fiquei sabendo que há 15 anos atrás funcionava uma casa de show aqui e que ela fez muito sucesso. Faz tempo que estou procurando um lugar que tenha esse estilo country, pensei até em um barracão, mas este lugar é o que mais se enquadrou às minhas pretensões”, afirmou Ednalva. (Fabiane de Souza)

Notícia - A abertura do comércio aos domingos gera polêmica em Maringá

A discussão sobre a abertura do comércio aos domingos, em Maringá, vem gerando polêmica. O presidente da associação comercial e industrial de Maringá (ACIM), Carlos Tavares, é favorável que a decisão de abrir, ou não, aos domingos, seja do próprio comerciante.

Já os lojistas de shoppings centers, que sempre abriram aos domingo, estão divididos. Os shoppings, que possuem sindicato próprio, decidiram tomar essa decisão de abrir aos domingos porque perceberam o potencial de vendas que o dia teria, já que o comércio não abre.

Com as lojas de rua abrindo, alguns lojistas se sentem prejudicados. "Essa possível aprovação enfraquece o comércio nos shoppings, pois, sempre houve a referência de ir ao shopping aos domingos. Com o comércio de rua também abrindo, não haverá mais esse diferencial", afirma Daniela Martinez, funcionária da loja Royal do Avenida Center.

Já o diretor do Shopping Cidade, Alício Malavazi, acredita que o comércio funcionando aos domingos fortalece todos os setores. "Com esse diferencial, pessoas de toda a região estariam vindo para Maringá, isso aqueceria a economia e todos ganham".

Malavazi ainda garante que para a concorrência com as lojas de rua não preocupa. "Mesmo que a pessoas prefiram comprar no centro da cidade, com certeza ela acaba indo visitar os shoppings, nem que seja apenas pra olhar as vitrines ou tomar um sorvete. Isso já é muito importante, pois se o estabelecimento oferecer tudo que ela quer e precisa, ela certamente vai voltar".

Em Maringá, essa questão atingiu seu clímax quando o supermercado BIG decidiu abrir aos domingos, mesmo pagando uma multa de dez mil reais por cada final de semana. Em seguida, os supermercados São Francisco e Cidade Canção também aderiram à prática. A discussão é longa, pois, em outras cidades do Paraná, como Curitiba, Londrina e Foz do Iguaçu, é normal alguns estabelecimentos abrirem aos domingos. (Natuza de Oliveira)

segunda-feira, 2 de julho de 2007

EDIÇÃO 15 - DE 3 A 10 DE JULHO

Editorial - Cristo Redentor: uma maravilha?

O editorial desta edição é sobre a indicação do Cristo Redentor na eleição para as novas sete maravilhas do mundo. Vale lembrar que as votações se enceram no próximo dia 6.

Quem conhece a cidade do Rio de Janeiro sabe que um dos seus cartões postais é o famoso Cristo Redentor. A beleza do monumento disfarça a realidade social existente na “cidade maravilhosa”.

O Cristo Redentor aparece como um forte candidato nesta eleição. A realidade social do Rio de Janeiro acaba sendo maquiada por cartões postais como Cristo Redentor, Corcovado e as “maravilhosas” praias.

Praias estas que volta e meia sofrem arrastões que acabam levando tudo que tem pela frente. Mesmo assim, a imagem das praias cariocas que é passada aos turistas é aquela cheia de garotas bonitas, de biquínis minúsculos, que chamam a atenção por onde passam.

A eleição do Cristo pode aumentar ainda mais os casos de seqüestro e de turismo sexual, outra prática bastante comum não só no Rio de Janeiro, mas em todas as cidades conhecidas fora do país.

Em um filme produzido por norte-americanos, a realidade mostrada era a de que só existiam macacos, seqüestros e o caos da cidade Maravilhosa.

Será que vale a pena mostrar belos monumentos e esconder a verdade existente por trás deles? Fica aí o recado e boa leitura para todos.

(Mayara Gasparoto Mendes).

Crítica - É pura picaretagem

Muita propaganda e sangue derramado. Poucas informações que interessam ao telespectador. Infelizmente este é o cenário que caracteriza o “TV em Ação” que vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 19h00 as 20h30 pela TV Carajás, canal 2, em Campo Mourão. Analisei o programa e cheguei a seguinte conclusão: os apresentadores não sabem ou ignoram a ética no jornalismo e não são transparentes com o que noticiam.

É uma pena. Pois isso para o jornalismo é um pecado e denigre não só a imagem da cidade como também a profissão jornalística e ainda os próprios apresentadores. A falta de respeito ao telespectador é clara quando as matérias policiais ocupam a tela. O sensacionalismo “come” solto.

Dia desses, acompanhei uma matéria em que um motorista colidiu seu veículo e morreu preso nas ferragens. Adivinhem! A equipe de reportagem filmou o sujeito todo “arrebentado” e mandou a imagem para o ar. Pobre de quem viu a cena. Se estivesse jantando então, por certo largaria o prato de lado. Então lanço três perguntas: Como fica a família dessa vítima ao ver tal cena? Como ficam as crianças que estão assistindo aquele canal neste horário? E se fosse um familiar de um dos apresentadores, a imagem iria ao ar?

Estas são perguntas que os próprios apresentadores do programa podem responder. O que posso dizer, é que tal atitude para uns, pode não significar nada e ainda render ibope para a emissora. Em contra-partida, para outros, dói muito. Além dessa, várias outras matérias do mesmo nível vão ao ar diariamente. Como sabemos o sensacionalismo vende, mas chegar a tal ponto de exibir cadáveres no ar é forçado demais.

Saindo do cenário sangrento, parto agora para o da propaganda. O programa é dividido em blocos. Se somarmos matérias e anúncios, com certeza o tempo em que eles fazem propaganda dentro do programa, é muito maior do que o que noticiam. A mídia depende também de anúncios para se manter é claro, mas chegar a tal ponto tira a paciência de qualquer telespectador. É chato e incomoda. Ainda mais se for daqueles anúncios em que o representante da empresa vai ao ar para falar sobre seu produto. Só de pensar dá nos nervos.

Acham que terminei por aí né?! Não, não! Eu não poderia deixar de comentar sobre os erros de português que vão ao ar, é ridículo. Eles (os apresentadores e toda equipe de reportagem), são verdadeiros assassinos da língua portuguesa. Os erros são tão extravagantes que nos fazem rir. O plural não existe e as gafes têm para dar e vender. Gente! Eu não tenho nada contra este programa nem aos seus apresentadores e equipe. Porém, acredito que para fazer um programa de televisão, ainda mais jornalístico, não é para qualquer um: Tem que saber o que faz. Um programa jornalístico não é feito por fulano ou cicrano e sim por um jornalista que deve estar apto à função. Caso contrário não sei se dá vontade de rir ou chorar, porque só sai besteira.

É claro que um programa de televisão por mais que tenha suas qualidades negativas, tem também o seu lado positivo. É o caso deste programa. Tem quadros em que pessoas ganham doações, encontram parentes, pedem ajuda, enfim uma pequena fatia que se salva.

Digo todas essas coisas porque as vejo no dia-a-dia. Vejo-as não por serem boas ou aproveitáveis e sim para refletir e avaliar. Refletir no sentido de que, se eu ou você que está lendo esse texto, não tomar providências como: criticar, exigir profissionalismo, ética profissional, seriedade e transparência, o mercado não vai passar de uma verdadeira picaretagem. Avaliando porque se, eu não souber o que é bom ou o que é ruim, o que está de acordo ou o que precisa melhorar, vou aceitar qualquer coisa que produzirem por aí. (Walter Pereira)

Fotolegenda - O avião do presidente

O avião do ex-presidente Juscelino Kubstchek foi doado a cidade de Araçariguama-SP e, hoje, é um dos pontos de atração da cidade. O monumento está no lugar mais alto da cidade, possibilitando aos visitantes um olhar privilegiado para o horizonte. No momento, o único olhar de paz e calma perto de um avião no Brasil, é esse. Há quase 9 meses, os aeroportos brasileiros se tornaram um verdadeiro caos. As pessoas vivem sem o olhar do horizonte. São horas de espera, vôos desmarcados, compromissos atrasados. A única coisa que se sabe definir é que a crise aérea começou com o acidente da Gol, que matou 156 pessoas. (Amanda Amaral)

Fotolegenda- Estudantes fazem Seminário de Jornalismo

Os estudantes do 2º ano de jornalismo do Centro Universitário de Maringá (CESUMAR) realizaram um seminário sobre temas que envolvam a teoria da Folkcomunicação. O evento, que é apenas para a turma, começou no último dia 21 e foi até 02 de julho. A teoria da Folkcomunicação foi fundada pelo brasileiro Luiz Beltrão, que fez um dos primeiros estudos comunicacionais no Brasil. Folkcomunicação é a comunicação que se dá por meio do folclore, ou seja, o estudo do folclore nos meios de comunicação de massa. Nesse seminário cada estudante individualmente apresenta seu tema para a classe e fala sobre o trabalho, explicando toda a sua pesquisa ou análise. O trabalho é composto por cenários que represente a pesquisa, vídeos, slides e músicas sobre temas como Folia de Reis, da aluna Fabiane de Souza; o Folclore em si, de Walter Pereira e a figura de Mercedes Sosa, do aluno Rodrigo Pessin (foto). (Ana Cláudia Covo)

Matéria - Rock maringaense vira romance

Foto Alexandre Gaioto“‘Três acordes’ se passa em Maringá porque é a única cidade que eu conheço”, ironiza Nelson Alexandre

Fã de Alan Poe, Charles Bukowski, Henry Miller e Rubem Fonseca, Nelson Alexandre, 31, é mais do que um talentoso escritor de fim - de - semana.

Aos 20 anos, publicava junto com colegas da universidade, poemas no panfleto comunista “Movimento 14 de junho”. Ainda na juventude, a busca pela autenticidade levou Alexandre a atear fogo em seus escritos. “Muita coisa já foi queimada no meu quintal. Muita poesia... A minha maior preocupação era a originalidade, era encontrar a minha voz”

Hoje, Nelson Alexandre parece ter encontrado, finalmente, a sua voz. No ano passado, foi um dos treze paranaenses a ter seu material publicado no livro dos vencedores do Concurso Nacional de Contos Newton Sampaio. O conto “Lance estranho” revela um Nelson Alexandre que não escreve, vomita. Sua literatura punk, crua e intensa rendeu o merecido reconhecimento.

Seus dois livros “Space city”, de contos, e “Penas máximas para delitos mínimos”, de poemas, foram enviados recentemente para a editora londrinense AtritoArt, na esperança de que sejam publicados. Em plena ebulição literária, Alexandre prepara seu novo romance “Três acordes sujos”, que segundo o autor, formam “a base do som bruto”.

O romance com pitadas autobiográficas trará no enredo sexo, drogas, e rock and roll, que, para Alexandre, são temas que fazem parte do contexto do rock e não tem como serem desvinculados. “Os nomes dos personagens serão fictícios”, tranqüiliza o autor Sobre a possibilidade de haver alguma morte no livro, devido à esta mistura explosiva, Alexandre responde maliciosamente: “só se for de tesão”.

Os momentos serão “romanceados” relembrando o cenário independente musical de Maringá durante o período de 1993 a 2002, em que bandas como “Os Provetas”, “Anarcofobia”, “Os Desarmônicos” e “The Guavas” debulhavam os três acordes.

“Vai ser um espelho convexo da realidade. Os nomes dos personagens serão fictícios”, garante Alexandre, que não descarta a possibilidade de tentar obter recursos com a Lei de Municipal de Incentivo à Cultura para a publicação, ainda sem data definida. (Alexandre Gaioto)