domingo, 8 de julho de 2007

Crítica - Assuntos delicados

Assunto de Meninas (2001) é um filme que trata de um assunto polêmico, porém de uma forma delicada, frágil e forte ao mesmo tempo. O longa é uma produção canadense dirigido pela suíça Léa Pool, que conta com um elenco de jovens estrelas, entre elas está Mischa Barton, a Marissa da série The O.C.

O filme aborda o homossexualismo de uma forma sutil, mostrando ao público a história de amor de duas estudantes de um colégio interno que sofrem ao não poderem ficar juntas por causa do preconceito.

O desenrolar da história se dá quando Mary, personagem de Mischa Barton, é levada pelo pai para estudar em um colégio interno só para meninas, onde logo conhece Tory (Jéssica Pare) e Paulie (Piper Perabo), suas colegas de quarto. Rapidamente, Mary percebe que a relação das duas jovens vai muito além do que uma amizade e observa, sem se envolver, o romance de suas colegas.

Com o tempo, a história de amor das duas protagonistas vai sendo consumida pelo preconceito e Tory, para não decepcionar a família, abre mão de seu amor e começa a namorar um garoto.

De coração partido, a rebelde Paulie surta e entra num processo de destruição e autodestruição. Personagem este que foi muito bem interpretado por Perabo, com falas intensas, dramáticas, misteriosas e cheias de simbolismos.

Léa Pool conseguiu fazer um romance envolvente. Tratou de um assunto polêmico de maneira doce, porém sem cair no melodrama. O que talvez tenha sido o motivo da película ter ganho o prêmio de melhor filme no Festival de Estocolmo.

Além das grandes atuações, Assunto de Meninas possui um excelente enredo, cenário, fotografia e trilha sonora.

O final do filme é ótimo, toca o expectador como poucos filmes conseguem fazer. É bonito e dramático sem ser clichê. (Fernanda Inocente)

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