Muita propaganda e sangue derramado. Poucas informações que interessam ao telespectador. Infelizmente este é o cenário que caracteriza o “TV em Ação” que vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 19h00 as 20h30 pela TV Carajás, canal 2,
É uma pena. Pois isso para o jornalismo é um pecado e denigre não só a imagem da cidade como também a profissão jornalística e ainda os próprios apresentadores. A falta de respeito ao telespectador é clara quando as matérias policiais ocupam a tela. O sensacionalismo “come” solto.
Dia desses, acompanhei uma matéria em que um motorista colidiu seu veículo e morreu preso nas ferragens. Adivinhem! A equipe de reportagem filmou o sujeito todo “arrebentado” e mandou a imagem para o ar. Pobre de quem viu a cena. Se estivesse jantando então, por certo largaria o prato de lado. Então lanço três perguntas: Como fica a família dessa vítima ao ver tal cena? Como ficam as crianças que estão assistindo aquele canal neste horário? E se fosse um familiar de um dos apresentadores, a imagem iria ao ar?
Estas são perguntas que os próprios apresentadores do programa podem responder. O que posso dizer, é que tal atitude para uns, pode não significar nada e ainda render ibope para a emissora. Em contra-partida, para outros, dói muito. Além dessa, várias outras matérias do mesmo nível vão ao ar diariamente. Como sabemos o sensacionalismo vende, mas chegar a tal ponto de exibir cadáveres no ar é forçado demais.
Saindo do cenário sangrento, parto agora para o da propaganda. O programa é dividido
Acham que terminei por aí né?! Não, não! Eu não poderia deixar de comentar sobre os erros de português que vão ao ar, é ridículo. Eles (os apresentadores e toda equipe de reportagem), são verdadeiros assassinos da língua portuguesa. Os erros são tão extravagantes que nos fazem rir. O plural não existe e as gafes têm para dar e vender. Gente! Eu não tenho nada contra este programa nem aos seus apresentadores e equipe. Porém, acredito que para fazer um programa de televisão, ainda mais jornalístico, não é para qualquer um: Tem que saber o que faz. Um programa jornalístico não é feito por fulano ou cicrano e sim por um jornalista que deve estar apto à função. Caso contrário não sei se dá vontade de rir ou chorar, porque só sai besteira.
É claro que um programa de televisão por mais que tenha suas qualidades negativas, tem também o seu lado positivo. É o caso deste programa. Tem quadros em que pessoas ganham doações, encontram parentes, pedem ajuda, enfim uma pequena fatia que se salva.
Digo todas essas coisas porque as vejo no dia-a-dia. Vejo-as não por serem boas ou aproveitáveis e sim para refletir e avaliar. Refletir no sentido de que, se eu ou você que está lendo esse texto, não tomar providências como: criticar, exigir profissionalismo, ética profissional, seriedade e transparência, o mercado não vai passar de uma verdadeira picaretagem. Avaliando porque se, eu não souber o que é bom ou o que é ruim, o que está de acordo ou o que precisa melhorar, vou aceitar qualquer coisa que produzirem por aí. (Walter Pereira)
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