domingo, 29 de abril de 2007

EDIÇÃO 7 - DE 30 DE ABRIL A 6 DE MAIO

Editorial

Mesmo pertencendo a determinada raça, religião, sexo, lado político, posição social, cultura ou idade, as pessoas em geral merecem respeito e educação.

Infelizmente hoje as coisas mudaram um pouco, perdeu-se o costume de dizer: “Bom Dia!”, “Boa Tarde”, “Boa Noite”, “Por Favor”, “Obrigada”, “De nada”, “Com licença”, “Benção” entre outros termos usados para se comunicar sem impor autoridade ou desrespeito.

Em função da falta desses princípios traz atos de violência, ou melhor, de certa forma cria a violência, a agressão. Hoje crianças respondem aos professores, não sabem se comportar de maneira ideal dentro de uma sala de aula, adolescentes da mesma forma chegam a agredir verbalmente ou fisicamente professores. As pessoas cortam filas em todos os lugares.

Outras guardam lugares em teatro ou cinema, não deixando assim pessoas que chegam no horário se acomodarem nos lugares que estão “ocupados”. No trânsito as pessoas discutem gritam se alteram por causa do congestionamento ou por uma travessia errada entre outros. Bandidos matam por pouco, a ponto de esfolarem uma criança até a morte.

Todos pensam conforme aquela expressão: “Respeito é bom, e eu gosto”. Mas o indivíduo que espera ser tratado com o devido respeito não deve esquecer de tratar os demais com igualmente, isso é um sistema mútuo, dar para receber.

Esse princípio de educação provém da família, porque uma criança é construída dos três aos sete anos, tudo o que ela aprende nesse período é como ela irá se comportar mais tarde. Por isso os pais e parentes, ou até mesmo os professores devem enfatizar mais essa questão de tratamento perante o próximo, com o intuito de construir cidadãos mais educados, enfim educação vem de base.

Assim com certeza, com a melhora no tratamento a violência iria diminuir, as pessoas iam se colocar no lugar do outro, e as pessoas se sentiriam mais especiais com o modo educado que qualquer cidadão merece ser tratado.

Nunca é tarde para começar, por isso comece hoje mesmo, até você se sentirá melhor. Ah, obrigada e boa leitura! (Tânia Caroline Mella)

Artigo - Família, escola, religião e sociedade: o elo para uma boa educação

Nunca se discutiu tanto a violência entre os jovens. Há cada vez mais casos de violência contra professores nas escolas e até mesmo em Universidades, sejam elas públicas ou privadas. O que mais se discute em relação a isso são os motivos que levam os jovens a cometer tamanha brutalidade.

A falta de embasamento familiar pode ser um desses motivos. A família não é mais aquela que transmitia seus valores, exigia respeito, e os filhos respeitavam. Talvez porque os filhos não se deixam mais impor limites. Mas será que a culpa de os filhos não se deixarem impor limites não é dos próprios pais que não sabem impor esses limites e cobrá-los?

Antigamente a educação recebida em casa era rigorosa com direito a punições severas caso não houvesse o cumprimento destas regras. E os filhos respeitavam. Talvez por medo da punição. Mas respeitavam. Os pais de hoje com receio de fazer o mesmo que seus pais faziam quando eram crianças, já que eles achavam que não tinham liberdade de expressão, tentam fazer o contrário e acabam cometendo erros gravíssimos.

A falta de limites que os filhos de hoje tem causado cada vez mais problemas. E esses problemas aparecem nas escolas que é considerada o braço direito da família. É a escola quem dá suporte para os valores transmitidos pela família. Quando os filhos começam a dar problema na escola é sinal de que a família falhou em algum aspecto.

Depois da escola, quem acompanha essa peregrinação na edificação dos valores é a Igreja. È muito importante a presença de uma religião ou crença no embasamento dos filhos. Ter uma força divina que possa lhes auxiliar quando existe a ausência da família. A sociedade também não fica de fora. È na sociedade que os filhos vão provar o quanto esses valores foram trabalhados. Mas também é papel da sociedade aplicar punições àqueles que de alguma forma não absorveram esses valores.

A educação dos filhos exige um forte elo entre a família, escola, igreja e sociedade. Um não poder existir independente do outro. Caso isso aconteça haverá falhas no sistema. São essas falhas que levam a tamanha brutalidade. (ALINE BUENO)

Crônica - Uma viagem

Era feriado de Páscoa, tudo certo para eu e mais dois amigos irmos para minha cidade natal, Penápolis-SP. Passagem comprada e tudo certo, mala feita em cima da hora, pois, se fosse feita muito tempo antes, não seria eu indo viajar.

Pois bem, quando Rodrigo, eu e Felipe estávamos indo para a rodoviária, Rodrigo foi tentar arrumar o banco do carro e acabou “quebrando” o acento que ficou solto, lembrando veículo para cadeirantes.

Chegando à rodoviária, aquele movimento típico de feriado prolongado. Ônibus chegando e saindo e a gente lá na plataforma 12, esperando o tal do ônibus.

Acabamos encontrando um conhecido, que também estava indo para sua cidade, e ficamos conversando com ele um tempo, até que nossos ônibus chegassem. Pois bem ele chegou, e fomos os últimos a embarcar. Até aí tudo normal, mas quando adentro o ônibus uma surpresa, minha poltrona estava ocupada por um senhor de idade. O fiscal veio ver a passagem dele e viu que aquela passagem era de uma semana antes, ou seja, tive que viajar em pé.

Mas como desgraça pouca é bobagem, quando estávamos pegando a Avenida Morangueira, mais um problema: o ônibus perde o freio. Não seria apenas 1 hora e meia em pé, como estava planejado, pois até trocarmos de ônibus e tudo mais, podia colocar mais umas duas horas de espera. Assim foi, neste período eu e o Rodrigo fizemos várias “palhaçadas” pra animar o pessoal do ônibus, já que era uma forma do tempo passar mais depressa.

Em uma dessas brincadeiras, Rodrigo ligou para nossa amiga Thábata, que mora em Santa Fé e pediu para que ela levasse pizza no trevo de Santa Fé, pois a gente passaria de ônibus para buscar. Isso sem contar as músicas cantadas e os comentários nada pertinentes feitos pela gente.

Nesse tempo de brincadeiras fizemos algumas amizades, como uma advogada formada pela UEM que acabou fazendo um “barraco” por causa do atraso do ônibus e uma podóloga que estava sentada ao nosso lado e que só sabia dar risada das idiotices por nós faladas.

Apesar dos pesares chegamos bem em casa, e quase na hora de comer o bacalhau da Sexta Feira Santa. O feriado em minha cidade foi bom e divertido, demos muita risada, como de costume.

Na hora de voltar para Maringá a história se repete, e uma confusão enorme na rodoviária pra embarcar, pois apenas dois ônibus vinham para cá. Um deles já estava cheio, e havia umas 60 pessoas para entrar em um ônibus. Como era de se esperar teve gente que não conseguiu embarcar.

Por sorte eu consegui e nessa confusão do embarque, Rodrigo acabou se cortando na janela do ônibus, mas tudo bem. A viagem foi demorada. Ao chegar em Maringá descobri que mais um feriado havia se passado, e o que havia restado era apenas lembranças de um fim de semana engraçado e que não volta mais.(J.C. Ortiz Júnior)

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A exposição está sendo realizada no shopping Aspen Park. Essa mostra faz parte do Aspen Fashion Lounge e traz dez peças que foram confeccionadas pela estilista e design, Beatriz Mocchegiani. Os vestidos que estão expostos têm o jeans como principal material utilizado. As roupas tiveram inspiração em alguns movimentos artísticos, demonstrando que o uso do material poderia assumir um aspecto inovador, mesmo sendo empregado como tecido para elaboração de vestuário em todas as épocas da evolução humana. Assim a representação dos possíveis empregos do jeans no período Neoclássico, Impressionismo, Surrealismo, Renascimento, Romantismo, Cubismo, Arte Pop, Barroco, Gótico, Rococó e Abstrata. A mostra do uso do jeans no vestuário ficará no shopping até o dia 13 de maio. (Mayara Gasparoto Mendes)

matéria - “Campo Mourão é uma das cidades do Brasil que mais investe em cultura”

Garantir empreendimentos na área artística e contribuir para a formação de novos artistas, este é o objetivo da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. De acordo com Elza Paulina de Moraes, Coordenadora da Lei Municipal de Incentivo à Cultura em Campo Mourão, o município está, sem dúvida, no cenário das cidades do Brasil que mais investem na área cultural.

Segundo Elza, a lei de incentivo a cultura segue duas vertentes: A categoria Mecenato, que funciona através de renúncias fiscais, mais o apoio de incentivadores. “O incentivador de que falamos, é o pagador de IPTU e ISS do município. Na verdade o município banca uma parte desde que o incentivador repasse 10.7% sobre o valor do imposto devido”, explica.

A outra modalidade conforme Elza, é o Fepac - Fundo Especial de Promoção das Atividades Culturais, que é através de fundo perdido que o município incentiva os seus projetos culturais. O Fepac apóia projetos com orçamento de até R$ 8.000,00. “Os projetos apresentados podem ser de todas as modalidades da área cultural, como música, cinema, canto, dança, teatro, circo, literatura, artes plásticas, filatelia, folclore, história, centros culturais, comunicação social e todas as demais áreas de manifestação da arte”, comenta Elza.

As inscrições para as apresentações dos projetos são abertas uma vez por ano. No caso, na modalidade Mecenato, são feitas durante todo o mês de outubro. Já no Fepac, as inscrições são feitas em março. “Feitas a inscrições dos projetos, uma comissão irá avalia-los e em janeiro fará a liberação, para que, quando começar a circular os pagamentos do IPTU e ISS, o contribuinte possa apoiar e aprovar algum projeto de sua preferência”, explicou Elza.

Segundo Elsa, no Fepac, são apresentados, em média, de 80 a 100 projetos por edital. “É um número bastante alto”, ressalta. Já a procura pelo Mecenato, é menor, porém Elza não pode informar com detalhes a quantidade de projetos apresentados.

Independência

De acordo com Elza, a Lei de Incentivo a Cultura, traz vários benefícios para Campo Mourão. Ela destaca o crescimento e a independência do artista. “É importante ressaltar que essa independência que o município dá ao artista é para que ele possa produzir sua obra sem vinculação política e caráter eleitoreiro. Campo Mourão sempre apoiou o artista para que ele seja um produtor independente”, diz.

Elza comenta ainda, que o projeto de lei traz uma vantagem muito positiva, porque o cidadão culto é mais politizado, pois, a cultura contribui para que sua formação seja mais integral. “Como sabemos, a cultura é um elemento preventivo para qualquer delinqüência, é um elemento para que o cidadão se dê bem no mercado de trabalho”, frisa.

A coordenadora ressaltou que além do projeto formar artistas, o nome da cidade também é divulgado em outros estados e países. Como exemplo, ela citou a companhia de dança Verve, que faz apresentações em vários países mundo. A reportagem tentou contato com a Verve, porém, não obteve retorno.

Ainda conforme Elza, no ano passado houve um projeto do Fepac representou o município em diversas cidades da Europa. “O trabalho de artes plásticas de Fernando Leão levou o nome do nosso município para fora. Isso é muito importante, porque é o nome da nossa cidade que está sendo divulgado. É a valorização do público mourãoense aparecendo em outras partes do mundo”, comemora.


A Cultura em Campo Mourão

Responsável pelo fomento, produção e consumo dos bens culturais, a Fundacam - Fundação Cultura de Campo Mourão, presta grande serviço à comunidade mourãoense e regional, e é a única no interior do Estado a ter um Núcleo Experimental Operístico e Corpo Municipal de Baile.

Para fomentar as manifestações artísticas culturais do Município foi implantada em 1997, a Lei Municipal de Incentivo à Cultura nas modalidades Mecenato e FEPAC.

Os trabalhos da Fundação Cultural são acompanhados e aprovados pelo Conselho Municipal de Cultura e suas metas e prioridades, estabelecidas anualmente pelo Simpósio Municipal de Cultura, com a participação expressiva de representantes dos segmentos culturais e comunidade interessada. (Walter Pereira)

Reportagem - Sexo diferente

Inconstrução busca explicações para histórias em que a atividade sexual ultrapassa os limites do comum


Nem todo o tipo de perversão sexual é crime. Clismafilia (ver box), urofilia, cropofilia, hipoxifilia, voyeurismo, hipoxifilia e fetichismo são formas estranhas de relação sexual que podem ser praticadas normalmente. O que pode parecer bizarro para muitos leitores, ou quem sabe nem tão estranho assim, vai muito além do que um simples caso de perversão sexual, ou parafilia.

O estudante A.D.,19, (nome fictício para preservar a identidade da fonte) já fez sexo em banheiro público, no meio da boate, na rua, no carro com outra pessoa dirigindo, em frente à igreja e já sentiu atração por um defunto em pleno velório. A.D. já se excitou ao ver imagens de santos no altar, já se masturbou dentro de uma sala de aula e também após presenciar os próprios pais transando. A.D. não se considera um pervertido. “Sexo não tem lugar. Se algum te deixa com tesão, você precisa ir lá e fazer”, disse o estudante.

A sexóloga Eliane Maio define perversão sexual apenas como o que machuca e é feito contra a vontade do (a) parceiro (a). “Têm pessoas que se sentem bem, tem prazer e não machucam ninguém ao protagonizarem diferentes formas de expressões sexuais. E têm casos de pessoas que só se satisfazem sexualmente numa tara de fetichismo, de sadomasoquismo, quando o outro não quer, quando machuca e agride. Isso é uma perversão”.

Cultural

Maio explicou a dificuldade em se caracterizar o que é perversão sexual citando um exemplo medieval. Em um diário de um futuro rei, no século 15, enquanto ainda era um bebê, a babá o acalmava, quando ele chorava, colocando a boca no seu pênis. “O bebê sentia como se fosse um dedo. Não sentia prazer sexual. Era como se fizesse um cafuné. Hoje isso é pedofilia. O olhar da sexualidade é histórico, é cultural, é regional e emocional para cada pessoa diferente”.

Sobre os casos de necrofilia (atração sexual por cadáveres) e o caso de se sentir atraído por imagens de santos, ambos já vividos pelo estudante A.D., Maio afirma que é doença uma pessoa só se excitar com cadáveres, ou então só com imagens de santos. Para a sexóloga, os casos existentes de seqüestros e estupros de cadáveres, (o que não é o caso do estudante, visto que apenas desejou o cadáver) podem partir de um problema emocional em que uma auto-estima muito ruim leva o indivíduo a possuir e dominar o pseudo-corpo e a atingir esse nível de degradação. Em toda sua carreira, Eliane Maio diz não ter analisado muitos casos de perversão sexual. “Não existe tanto esse quadro de bizarro. É um exagero, é mais um folclore”.

Há quatro anos nas ruas maringaenses, a garota de programas F.S., 35, concordou em ser entrevistada, contanto que sua identidade fosse mantida em sigilo. Os preços dos programas variam de R$30,00 a R$50,00 e a faixa etária da sua clientela é de 40 a 66 anos. Segundo a garota de programa, as coisas mais estranhas que teve de fazer foram transar com homens e mulheres ao mesmo tempo e transar com casais homossexuais.

Igreja

O psicólogo e professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Aldevino Ribeiro da Silva, mostra a abrangência da significância do que é perversão sexual ao analisar o posicionamento da Igreja Católica sobre o assunto. “Sobre o ponto de vista da Igreja Católica, toda e qualquer manifestação sexual que não visa a procriação é uma forma de perversão, por isso ela é contra a camisinha”.

Da Silva afirma que o estudante citado na matéria, não é um pervertido, “mas sua atração é pervertida”. E é preciso analisar a história dele para ver como que as taras se desenvolveram. O psicólogo atenta também para o perigo de A.D. não “definir o objeto de desejo sexual”.

“Quando não há definição do objeto de desejo, têm pessoas que buscam prazer nas pessoas do mesmo sexo, do sexo oposto, com cachorros, com gatos, desenvolvem taras por orelhas, por meias, e passam a vida inteira sem definir o objeto de desejo”, alerta o psicólogo. (Alexandre Gaioto e Thiago Soares)

Tipos de perversões

  • Fetichismo: Tipo de perversão que exterioriza a paixão em relação a uma parte da pessoa ou a um objeto de seu uso. Os travestis são designados de fetichistas, por fazerem uso de vestimentas femininas.
  • Exibicionismo: Perversão que consiste em exibir os órgãos genitais a outros.
  • Voyeurismo: Refere-se àquele que se satifaz sexualmente em observar, às escondidas, um ato sexual.
  • Hipoxifilia: Esta palavra significa literalmente "atração por teor reduzido de oxigênio". Esse tipo de perversão consiste em tentar intensificar o estímulo sexual pela privação de oxigênio, seja através da utilização de um saco plástico amarrado sobre a cabeça ou de alguma técnica de estrangulamento.
  • Necrofilia: É a atração sexual por cadáveres. O necrófilo procura manter relações sexuais com corpos humanos mortos.
  • Coprofilia: excitação erótica motivada pelo cheiro ou contato com excrementos.
  • Urofilia: é a variante da coprofilia em relação à urina.
  • Clismafilia: Refere-se à excitação erótica provocada pela injeção de alguma substância no reto.

domingo, 22 de abril de 2007

EDIÇÃO 6 - DE 22 A 29 DE ABRIL

Editorial: Educação X Violência

É difícil um futuro muito promissor para as crianças e jovens que estão no ensino fundamental e médio do país. Toda semana surgem notícias de algum desrespeito ou agressão física contra um mestre em pleno exercício de suas atividades. Não se deve pensar também que estes casos acontecem apenas nas salas de aula da rede pública de ensino, pois essa epidemia de violência está em toda à parte e, para acabar com ela, deve-se ir à raiz do problema. A família é responsável por toda e qualquer atitude do jovem, sendo ela boa ou má. A família deve levar os créditos, pois é ela que constrói o caráter do individuo.

Os professores há alguns anos eram vistos pelos alunos com muito respeito e admiração, salvo sempre algumas exceções. Mas os jovens de 20 ou 30 anos atrás tinham na figura do professor a pessoa que um dia eles queriam ser, muitos se espelhavam no mestre. Ele era um exemplo para os alunos. Hoje não se vê mais isso nas salas de aula, os alunos tratam os educadores como iguais. Respeito é uma palavra que poucos conhecem.

O que mais preocupa é saber que estes mesmos alunos que hoje desrespeitam e cometem atos de vandalismo contra os professores serão os professores do futuro, serão os mesmos professores que vão alfabetizar e educar as crianças do futuro para a vida. E que tipo de exemplos eles vão dar? E qual será a reação deles frente ao desrespeito de um aluno? Será que vão se reconhecer no passado e a consciência começar a pesar? É de se questionar qual será o método utilizado para controlar uma sala que não fica quieta.

Se alguma coisa não for feita agora para acabar com a violência nas salas de aula, talvez os netos dos leitores nunca conhecerão a forma de aprendizado que conhecida hoje: com carteiras enfileiradas e um mestre à frente da sala passando seu conhecimento. O medo vai ser tamanho, que se corre o risco de ter a profissão mais importante e bonita do mundo extinta para sempre. (Rodrigo Pessin Chioderolli)

Crítica - Loucura? Isto é Esparta!

O filme “300” estreou no Brasil dia 26 de março causando furor. Primeiro, pela participação do galã nacional Rodrigo Santoro no papel do rei persa Xerxes. E segundo, pelos mesmos motivos que vêm incendiando a crítica internacional. A distorção de valores e o 'pró-guerra' com que a fita trata o confronto entre persas e espartanos.

Com um olhar praticamente nazista, o filme enaltece os espartanos pela perfeição física e pela segregação daqueles que não se encaixam nos padrões de virilidade exigidos para ser um bom guerreiro. Os espartanos são liderados pelo egocêntrico rei Leônidas (Gerard Butler), que justifica todos os seus atos insanos pela liberdade de seu povo. Leônidas é retratado como o único homem que já ousou quebrar as regras e contrariar a todos para o bem da nação que comanda. Começam ai as semelhanças com o governo Bush e com a sociedade americana. Que justifica suas guerras sangrentas com a ‘desculpa’ da ‘liberdade’ acima de tudo.

Já os persas são retratados como místicos e afeminados. Em sua maioria negros, exagerados e persuasivos. Durante todo o filme a ação persa é contestada por ser fundamentada em uma doutrina exótica. Vale lembrar que a Pérsia seria hoje o Irã e Esparta um estado da Grécia.

Fica claro, que no filme, Esparta se trata do mundo ocidental. Liderado, obviamente, pelos Estados Unidos. Arrogantes e destemidos os 300 homens de Esparta, que também são os mais bonitos e exímios lutadores, lutam simplesmente pela honra, pois sabem que morrerão. O reino Persa retrata claramente o mundo oriental da atualidade. Com suas crenças incompreendidas por quem não as conhece a fundo. Eles são emotivos, fantasmagóricos e liderados por um tirano extremamente vaidoso e sensível. Os Persas lutam em nome de sua religião. Já os Espartanos lutam pelo simples direito de serem LIVRES.

O diretor e roteirista Zach Znyder (Madrugada dos Mortos) é competente ao conseguir prendes os expectadores com boas seqüências de luta, bastante sangue, 'tanquinhos' e tangas à mostra por parte do elenco masculino e uma ótima trilha sonora. Porém o filme se torna altamente vulnerável à critica e aos povos envolvidos na história que aconteceu 480 anos antes de Cristo. Os iranianos, descendentes dos persas aboliram a fita por cansiderá-la ultrajante e mentirosa. E convenhamos que nos dias de hoje gastar milhões de dólares em um filme que exalta os padrões da sociedade norte-americana e faz apologia à carnificina não é um bom negócio. Mas, é claro, que por trás da guerra ideológica, existe um blockbuster. Mal intensionado, porém, bem sucedido. (Natuza Oliveira)

Crônica - Acredite se quiser

A praga da dengue está solta. Não posso ver nenhum mosquito a minha volta que logo penso que é o famoso “Aedes”. Quando algum mosquito me pica tenho quase certeza que contraí a doença. Só de lembrar que, de toda a região, Maringá é a líder de focos do inseto, me deixa ainda mais apavorada.

Ontem eu vi quando um mosquitinho me picou, no mesmo instante senti uma moleza pelo corpo, uma zonzeira, uma dor de cabeça tão insuportável que só de imaginar começo a sentir novamente as pontadas. Mas como estava dizendo, todos esses sintomas levaram-me a pensar que se, de fato, eu não teria sido fisgada pelo pequeno e monstruoso inseto da dengue.

Toda aquela preocupação, todo aquele medo de pegar a doença foram me deixando tão paranóica que comecei assustadoramente a olhar para os meus braços e para as minhas pernas a fim de ver se encontrava alguma manchinha vermelha espalhada pelo meu corpo. Para meu alívio, nada encontrei.

Mesmo assim isso não foi o suficiente. Eu tinha certeza que havia contraído a dengue! Mas eu precisava achar algum vestígio daquele inseto horripilante, ele não podia ter feito o crime perfeito, ele havia deixado algum sinal de sua monstruosidade. Foi quando eu coloquei as minhas mãos no rosto e percebi que estava ardendo... Queimando em febre! Corri ao banheiro, peguei o termômetro e ao invés de ficar sentadinha esperando cinco minutinhos o resultado, fiquei andando de um lado para outro. Para falar a verdade andei pela casa inteira, observando cada minuto do relógio.

Quando se completaram 4 minutos e cinqüenta segundos, não pude me conter. Tirei o termômetro debaixo do braço e já o sentia queimando nos meus dedos: 36°C! Mas reagi de tal forma que era como se tivesse com 39°C, quase uma convulsão.

Corri à prateleira, abri vários analgésicos e tomei os mais diversificados comprimidos, a fim de ver se amenizava toda aquela quentura e enfermidade que estava sentindo. Meu coração começou a bater cada vez mais forte, cada vez mais acelerado... Já não sentia meus olhos fixos, dali alguns minutos, apaguei.

Quando voltei à real, já era noite, estava deitada no carpê da sala e toda a minha família jantando na cozinha. Foi quando minha mãe me disse que quando chegou em casa eu estava dormindo e, por mais que me chamassem, eu não acordava. Eu estava anestesiada.

Contei a ela que estava com dengue, por conta disso estava queimando de febre, tomei alguns analgésicos e acabei apagando. Ela simplesmente riu, deu gargalhadas e disse: “Deixa de frescura, menina!”. (Fabiane de Souza)

Notícia - Programa de computador simula efeitos de drogas

A nova febre entre os internautas é um software chamado I-Doser, que, através de batidas sonoras, altera a freqüência das ondas cerebrais e proporciona sensações similares a de diversas drogas, como a maconha, cocaína, heroína, ópio, entre outras.

O programa, desenvolvido pela I-Doser Labs, oferece aos seus usuários “doses virtuais” dessas drogas, que na realidade são sons binaurais, que sincronizam as ondas do cérebro em uma determinada freqüência, causando o efeito da “droga” escolhida.

As batidas binaurais são o resultado de dois sons em freqüências similares que, juntas, criam um terceiro som, com uma freqüência intermediária, que pode alterar o estado da mente, causar euforia, sonolência, relaxamento, alucinações e outras sensações provocadas pelas drogas.

Para que o efeito da droga seja alcançado com êxito, o site do software (www.i-doser.com) recomenda que a pessoa esteja relaxada ao utilizar o programa, de preferência deitada, com os olhos fechado e com um bom par de fones de ouvido.

Fernando Damasceno, 23, estudante de engenharia química, conta que experimentou a dose virtual de mescalina e se surpreendeu. “No começo não achei que iria dar certo, fiquei deitado na minha cama uns 20 minutos ouvindo aquele som e nada acontecia. Mas depois de um tempo comecei a ficar com os pensamentos confusos, fiquei meio lerdo. Realmente funciona”, afirma o estudante.

O aluno de publicidade e propaganda, Lucas Maffini, 19, disse que não sentiu nada ao utilizar a mescalina via I-Doser. “Acho que isso vai de pessoa pra pessoa. Eu usei as doses de mescalina, ópio, maconha e morfina, a única que funcionou foi a de morfina. Senti meus braços formigando e minha cabeça pesando para trás”.

As conseqüências que o I-Doser pode causar em seus usuários, se é que elas existem, ainda são desconhecidas, todavia, alguns médicos desaconselham o uso do programa. Em uma declaração ao Portal de Notícias da Globo (G1), Dartiu Xavier da Silveira, psiquiatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) especializado no tratamento de dependências, não nega o fato de que o uso I-Doser é uma alternativa menos lesiva que a droga química, no entanto afirma que não é um ato saudável, afinal, manipula a mente do usuário. Ainda segundo Silveira, é possível que mensagens subliminares sejam passadas aos usuários do software sem que eles se dêem conta disso.

A “droga virtual” está disponível para download gratuitamente no site da empresa e vem com 2 doses experimentais que só podem ser utilizadas uma única vez. Para repetir a experiência, o usuário deve então comprar pacotes que variam de preços de acordo com as drogas, porém, alguns sites da internet já disponibilizam doses gratuitas e ilimitadas. (Fernanda Inocente)

Notícia - Semana nacional da voz mobiliza estudantes e professores

Entre os dias 16 e 20 de abril foi realizada a Semana Nacional da Voz. Em todo o país as universidades fizeram palestras, deram orientações à população e fizeram exames gratuitos. Em Maringá, o evento foi promovido por alunos e professores do curso de fonoaudiologia do Cesumar.

Durante a semana os estudantes visitaram escolas e grupos de coral de Maringá com a campanha “Seja amigo da sua voz”. Fizeram 53 palestras e oficinas, orientando as pessoas de como deveriam cuidar da voz e fazendo triagem nos grupos em que problemas com a voz são mais freqüentes.

Nesse período, a clínica do Cesumar atendeu, gratuitamente, grupos de risco do câncer de garganta, como fumantes, pessoas com rouquidão e consumidores de álcool.

A estudante Lizandra Gomes, estudante de jornalismo e estagiária da Rádio Cesumar, participou de palestras feitas durante a Semana da Voz. Ela disse ter gostado, pois ganhou dicas de como preservar a voz e, como trabalha com rádio, considera a campanha muito importante. (Lívia Miranda)

Entrevista - Clima de Rock´n roll com Relespública


A banda curitibana Relespública, esteve em Maringá no último dia 14 e fez um show no Velvet Bar. Os rapazes do Kicking Bullets, de Maringá, abriram o show fazendo covers de Pixies, Strokes, The Clash, entre outras.

A casa ficou lotada, formando uma fila imensa tanto antes de começar o show, na entrada, quanto na hora de pagar, na saída.

Mas antes de todo esse movimento, logo depois da passagem de som, os curitibanos Moon (baterista), Ricardo (baixista) e Fábio Elias (guitarrista e vocalista) cederam uma entrevista descontraída, contando sobre os 18 anos de carreira do Relespública e também como foi a repercussão do cd ao vivo que gravaram com a MTV pelo "MTV Apresenta" em 2005. Os músicos comentaram também como é dividir o palco com Nasi, vocalista da banda IRA, que vez ou outra deixa sua banda e sai em turnê com o Reles. (por Lizandra Gomes)

Já é a 5ª vez da banda em Maringá, e dessa vez, para a alegria de muitos, sozinhos. Como é tocar com o Nasi?

Fábio- Para o Nasi aquilo é uma diversão, a gente se diverte tocando as músicas do IRA, banda que a gente gosta desde moleque, se inspirou neles. Fazer com o Nasi é uma brincadeira. Ele também brinca com o público, ele se sente mais livre do que no IRA para fazer bagunça, falar besteiras (risos)

Na verdade a Relespública já existe muito antes do Nasi, a gente está aqui hoje na mesma Velvet da outra vez com nosso show, para nós é muito mais especial poder trazer nossas músicas.

Moon- Em alguns lugares, a gente tocava antes do Nasi, todo mundo ficava olhando sem saber o que era. Aqui em Maringá foi o contrário.

Fábio- Acho que é porque quando a gente está com o Nasi, a gente dá um gás para mostrar o nosso trabalho, e pensamos "Que Nasi o caramba, somos o Relespública!". (brinca o vocalista)

Moon- Em muitos lugares, depois que tocávamos com o Nasi, os donos vinham falar "Pô, a música de vocês são legais, a galera conhece".

Fábio- Mas na verdade o Nasi deu a maior força, nos ensinou muita coisa de bastidores.

Vocês voltaram para Maringá três vezes em menos de um ano, isso é reflexo do MTV Apresenta?

Fábio- É ajudou bastante.

Moon- Na verdade a gente voltou pra cá com "Histórias são iguais" no Asterisco. Antes a gente já tinha vindo com o quinteto nosso, há muito tempo atrás, e depois com o "Rock'n Roll Brasil", que foi na UEM.

Isso que você falou mostra o resgate da própria banda, a partir do lançamento do "Histórias são iguais" que foi o que fez a gente chegar no MTV Apresenta.

E quanto as musicas novas?

Fábio- A gente tocou ali na passagem de som "Medo e Delírio", que a gente vai lançar para o próximo disco, que sabe Deus quando sai. (risos)

Moon- A gente vai trabalhar mais ainda o MTV Apresenta. Rolou um ano dele, mas pô é uma conquista gravar esse show ao vivo com o selo da MTV. E as pessoas ainda comentam bastante , a gente ainda chega em cidades e lugares que o pessoal nem sabe que existe, tem muito o que divulgar ainda.Nas cidades que a gente toca mais, Curitiba, Ponta Grossa, já tocamos músicas novas. A gente ta com o disco pronto, só depende da gravadora.

Fábio- A tour da MTV está tão legal, as pessoas estão tendo acesso. Lançar disco é fácil, difícil é as pessoas saberem. (risos)

Vocês vão mais para fora do estado tocar?

Fábio- A gente vai bastante para Santa Catarina, que é um estado bem festeiro, lá a gente toca todo mês.

Moon- São Paulo, e interior de São Paulo também uma vez por mês.

Fábio- O mercado para o Rock, pelo menos para a Reles, é de São Paulo para baixo.

Moon- No ano passado a gente fez uma turnê pelo Nordeste, mas é muito longe.

Ricardo- Só de passagem dá R$ 2.500 pra cada um.

Fábio- Ai tem que viajar sem equipe, sem técnico, ai é melhor não ir.

E no Paraná, quais cidades vocês tocam com mais freqüência, fora Curitiba?

Fábio- Ponta Grossa, Londrina a gente já foi bastante, Maringá é a quinta vez, Foz do Iguaçu, umas três, Pato Branco também. Tem muita cidade que a gente não foi ainda.

E falando nisso, vocês têm 18 anos de carreira, e vieram para Maringá 5 vezes apenas. Porque não vinham antes com a mesma freqüência?

Fábio- Por causa do lance de fazer música própria, de fazer Rock'n Roll cantado em português. Na época que era o grunge que imperava, se não cantasse igual Nirvana tava perdido, era o patinho feio.

A gente fazia Rock nacional numa época que ninguém falava de rock nacional, ninguém cantava em português. Ou eram bandas grunge, sendo bem estereotipado, ou eram bandas covers. Na época era discriminado mesmo, não como é hoje que tem uma visibilidade bem maior. Esse som que a gente faz ta em voga. Principalmente depois do Strokes. Acho que é devido mais a isso, à moda, às tendências.

E a banda já enfrentou alguma coisa bizarra?

Fábio- Em show sempre tem um louco que sobe no palco, quer cantar e canta tudo errado. (risos)

E em Maringá alguma coisa marcante?

Fábio- Aqui sempre foi legal, o público comparece. Teve aquele no Fábrica de Rock...

Moon- Nooooooooossa, aquele foi muito legal!

Fábio- A galera não deixava a gente parar de tocar. O lugar era pequeno, todo mundo espremido ali. Mas um clima sensacional, Rock'n Roll demais.

Reportagem - Cinema em Maringá ganha mais um espaço





No ultimo dia 19 foi lançado oficialmente o programa Cinema na UEM – CINUEM. Estiveram presentes no evento o reitor da Universidade Estadual de Maringá, Décio Sperandio, a coordenadora do programa, Fátima Maria Neves e a palestrante convidada Maria Dora Mourão, coordenadora do CINUSP – programa de cinema da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. O programa tem por objetivos promover atividades culturais ligadas ao cinema, com debates, exibições, oficinas e palestras. Com programação semanal, o CINUEM inicia suas atividades regulares a partir do próximo dia 04, às 18h, no Anfiteatro Ney Marques da Universidade Estadual de Maringá, com a exibição do filme ‘Metrópolis’, de Fritz Lang. A entrada é franca e aberta a todos os interessados.

Em sua palestra, a coordenadora do CINUSP e também membro da Cinemateca de São Paulo falou sobre a importância do cinema na educação e formação de senso crítico diante da realidade. Maria iniciou falando de como a sociedade atual está imersa em imagens e sons e como o cinema constrói a imagem de um país.

De acordo com a professora, o cinema, apesar de todos os avanços tecnológicos, ainda tem seu valor. “Ir ao cinema é diferente de assistir a um filme em casa, o espírito é diferente”, disse. Sobre o seu trabalho na USP, a professora explicou que o objetivo do programa é formar senso critico nas pessoas. “Queremos que as pessoas reajam em relação ao filme”.

Maria ressaltou a importância da arte e da cultura na formação humana dentro e fora da universidade. Ela deu um breve histórico do cinema no Brasil, comparando com exemplos de outros países e apresentou dados sobre os espectadores de cinema nacional no país, que em 2003 correspondiam a 20% e hoje chegam somente a 10%. A 7a arte, como é conhecido o cinema, tem papel importante dentro do processo de globalização. “Ela cria uma identidade e mostra a cultura de nosso país para o resto do mundo”, falou a professora paulistana.

O evento contou com a presença do reitor da UEM, Décio Sperandio, que em seu discurso inicial elogiou o projeto e ressaltou a importância das artes que, para ele despertam emoções que são insubstituíveis por outras ciências. Sperandio aproveitou para dizer que, em breve, Maringá poderá contar com um curso de graduação em cinema.

O CINEUM é um projeto cultural que vem se somar a outros trabalhos realizados em Maringá, como o Projeto Um Outro Olhar dirigido por Paulo Campagnolo. A coordenadora do programa da instituição, Fátima Maria Neves, apresentou na inauguração a composição do corpo administrativo do programa. Ele conta com representantes de todos os centros da universidade, da comunidade discente, da reitoria e da secretaria de cultura de Maringá.

O programa tem apoio do Acervo Cine Arte, Focus Vídeo, Art Vídeo e também do Projeto Um Outro Olhar. Maiores informações pelo site: http://www.uem.br/redirect.php?to=www.dfe.uem.br/cinuem/, ou pelo e-mail fatimauem@hotmail.com .

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Acesso também em faculdades

O Centro Universitário de Maringá (CESUMAR) disponibiliza filmes e documentários gratuitamente para a comunidade em geral. O material não pode se emprestado, exceto para professores, no entanto pode ser desfrutado em salas especiais. A biblioteca da instituição, localizada na Av. Guedner 1.610, ocupa os 2º e 3º pisos do bloco 8 e nela estão acessíveis tanto livros, revistas, jornais, teses, documentos, como telemeios (Filmes e documentários).

Cleidney Aguiar da Silva Neves, responsável pelo setor de multimeios durante o período da manhã, esclarece que as seis salas de reprodução de audiovisual estão disponíveis a todos. “É preciso reservar a sala e o filme antes, mas havendo disponibilidade, o usuário pode assistir ao filme que quiser”, disse. As salas são compostas de televisão, vídeo cassete, leitores de DVD e poltronas.

No acervo da biblioteca é possível encontrar filmes como ‘Titanic’, vencedor de vários Oscars e sucesso de bilheterias, assim como o documentário ‘Ilha das Flores’ do diretor brasileiro Jorge Furtado. Também estão disponíveis no acervo da biblioteca ‘Terra em Transe’, ‘Procurando Nemo’, ‘Ponto de Mutação’, ‘Assassinos por natureza’, ‘O Rei Leão’, ‘A vida é bela’, ‘8 Mile’, ‘Basquiat – Traços de uma vida’, ‘A felicidade não se compra’, ‘A Revolução dos Bichos’, entre outros.

Os professores utilizam do acervo como complemento de estudo para os acadêmicos. A diversidade de seu acervo é também uma forma de “passatempo” para os alunos. “Muitos alunos vem aqui para assistir um filme e matar um tempo depois da aula”, disse Cleidney.

A biblioteca do CESUMAR funciona de 2ª a 6ª feira das 7h30 às 22h30, e de sábado das 8 h às 16h30.

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Um outro olhar para o cinema

Há mais de 6 anos, trazendo os melhores filmes da história do cinema para a cidade de Maringá, o Projeto Um Outro Olhar, coordenado por Paulo Compagnolo, já tem se tornado um nome conhecido nas conversas do dia-a-dia de muitos apaixonados pelo cinema. Mas a iniciativa é algo que exigiu esforço e dedicação por parte de Compagnolo e alguns poucos colaboradores que conseguiram tornar a sétima arte uma opção nas poucas realizações culturais que a cidade oferece.

Inicialmente exibido no Cine Aspen - hoje já inexistente – Compagnolo, que já foi presidente do cineclube de Cascavel na década de 80, enxergou neste novo projeto um recomeço e uma nova experiência, para exibir não só filmes contemporâneos, mas também os clássicos, favorecendo a formação de público.

Segundo ele, o projeto tinha a intenção de oferecer uma alternativa aos filmes comerciais, que ocupam por completo as salas de cinema. “Resgatando da imbecilidade, para um outro olhar em relação ao cinema e para perceber que o cinema não é só o filme de ação americano que complementa a grade de programação na televisão”, declarou.

Por decorrência da reforma que está sendo realizada no auditório Hélio Moreira, antiga residência do projeto, por enquanto, ele está sendo exibido na Casa da Cultura do Jardim Alvorada, que, mesmo apesar da distância, mantém o seu público fiel. Os filmes são exibidos todos os sábados às 20h.

Mesmo o projeto voltando a ser exibido no Hélio Moreira após as reformas, Compagnolo diz querer continuar a exibir filmes na Casa da Cultura, “Tenho a idéia de fazer um projeto no Jardim Alvorada, para favorecer a população aqui do bairro, que evidentemente é carente nesse sentido”, explicou.

Nos mais de seis anos de projeto, Compagnolo já passou uma centenas de filmes, de diretores clássicos como Carl Dreyer, de ‘A paixão de Joana D`Arc’ e Win Wender, famoso diretor alemão que dirigiu obras raras do cinema. Ao final de toda exibição Compagnolo complementa a realização com um debate, em que o público pode dar a sua opinião e conversar sobre o filme. (Ivan Nishi e Mateus Fiquer)

domingo, 15 de abril de 2007

EDIÇÃO 5 - 15 A 22 DE ABRIL DE 2007

Editorial – Estudante... cresça e apareça!

O estudante é a ferramenta motora em potencial de um país. Serão as vozes do amanhã, médicos, advogados, engenheiros, políticos, nossos futuros líderes. O poder de transformação desses seres pensantes é imenso. Em especial o dos estudantes universitários, os quais muitos já estão engajados em projetos e movimentos em prol da mudança social. Falemos então de saúde, de educação, de política, de tráfico, de violência. Mas também de eutanásia, aborto, casamento gay, abuso sexual, células-tronco, transgênicos, e, o tão em voga atualmente, aquecimento global. Agora deixem o descaso e a inércia de lado. O próximo passo é agir. Corpo estudantil: mexa-se!

Critiquem, debatam, reflitam, sugiram, protestem, organizem passeatas silenciosas, cibernéticas, contra ou a favor, mas, acima de tudo, demonstrem que continuam vivos, atentos e ativos.

Impressiona o fato de que a cada ano aumentam mais e mais os milhões de telespectadores que se dispõem a votar por este ou aquele brother para ‘deixar a casa mais famosa do Brasil’, enquanto milhares morrem diariamente e não consegue-se reunir meia dúzia de gatos pingados para marchar em protesto. As tragédias precisam bater à nossa porta para que nos mobilizemos por uma causa maior. Com a gama de problemas enfrentados hoje pelo país, se faz necessária uma revolução. Revolução individual, aí dentro dessas cabecinhas com fones de ouvido movidas a conformismo e alienação.

Se não pensarmos no futuro, vamos engordar as listas de integração a programas como bolsa escola e bolsa alimentação. Afinal, quem vai resolver tantos pepinos quando você (realmente) crescer? Quais serão as dificuldades encontradas daqui a três ou cinco anos, sabendo que os problemas se agravam em proporções absurdas enquanto você descansa no sofá? Ou pensando mais longe, que espécie de país você vai deixar de herança para os seus filhos? E se não se dispuserem a encontrar uma solução para combater a apatia que assombra e consome a população, vai faltar Amazônia para tanto formulário de inscrição bolsa-auxílio.

O jovem se acomoda, mas o Estado vêm tratando com descaso a educação no país. Desde os primeiros anos letivos até a formação universitária. Para contribuir com a situação, o adolescente não tem em quem se espelhar. Não há bons exemplos dentro ou fora de casa. O valor da família se perdeu no corre-corre do dia a dia. Os políticos são corruptos, os médicos são negligentes e até as entidades religiosas se envolvem em escândalos de lavagem de dinheiro e pedofilia.

È tão crítica a situação, que hoje professores são agredidos dentro das salas de aula. Alunos carregam os mais diversos artefatos e dispositivos de fogo em suas mochilas. Foi-se o tempo em que estes profissionais eram respeitados e reconhecidos. Ainda está em tempo de reverter o quadro educacional. Comecemos por demonstrar com mais fervor tanta indignação. Precisamos cultivar melhor essas crianças. Adubemos o jardim da infância com esporte, cultura, muitos livros e professores capacitados. Vamos estimular estas sementinhas. (Renata Zibetti Favarão – editora da edição n. 5)

Artigo - Porque são sobreviventes?

“A televisão cria programas que possibilitam mostrar as mazelas dos outros, a dor alheia, as adversidades vividas cotidianamente e que são, muitas vezes, semelhantes às da maioria dos constituintes da audiência. Mas a televisão nunca mostra a vida ‘nua e crua’. Exibe encenações, seleciona e segmenta, mas não exibe a vida real. Esse outro lado da vida real só é conhecido pela convivência prática com os sofrimentos e as alegrias da vida cotidiana, nos seus devidos lugares”. Talvez você possa estar ainda tentando captar o subliminar do pensamento de Osvaldo Trigueiro, mas a frase citada não oculta nada, é apenas uma verdade escancarada que ainda muitos de nós hesitamos em concordar.

Quem é que nunca assistiu algum episódio do reality show Big Brother Brasil? E quem já parou para analisar as célebres frases do inteligentíssimo apresentador Pedro Bial? E agora, vai me dizer que nunca se arrepiou quando ouvia Bial conclamando a palavra “sobreviventes” quando se referia aos participantes?

O historiador inglês Stuart Walton, autor do livro ‘Uma História das Emoções’, falou sobre uma mudança no conceito de privacidade e explicou que o que move as pessoas a se interessarem por programas estilo BBB é a exposição das emoções que são oferecidas para o consumo do público. Os “sobreviventes” são forçados a viver situações extremas de estresse para o entretenimento dos telespectadores, que por sinal adora especular a vida alheia. O historiador também afirmou que cada vez mais as pessoas comuns são usadas em shows de TV, justamente porque as emoções que oferecem parecem mais verdadeiras do que as vividas pelos personagens da ficção.

Mas a questão aqui é outro. Porque Bial refere-se aos participantes como sobreviventes? Que sentido, realmente, Bial quer remeter aos participantes? Eles são sobreviventes por se submeterem a 85 dias em uma casa longe da família e amigos? Ou são sobreviventes por resistirem a manipulação global dentro do “cenário” em que o programa é veiculado 24hs por dia? (Amanda Amaral)

Crônica - 5 LPs por 3 reais

Vasculhando sebos na intenção de escrever uma matéria sobre discos de vinis, acabei achando cerca de 500 discos enfileirados no chão. Em cima deles, uma folha de caderno escolar rabiscada a caneta dizia: 5 LPs por 3 reais. Com esse preço tentador e esse menosprezo por parte dos funcionários do sebo, me senti na obrigação de procurar alguma coisa.

No meio da discografia inteira de Ivan Lins e também da Rita Lee, achei finalmente um disco que eu gostasse. Coloquei debaixo do braço e fui saindo para pagar. Inocente. Não podia levar apenas um, precisava escolher mais quatro discos, afinal, eram 5 discos por 3 reais.

Uma das tarefas mais difíceis da minha vida. Escolher mais quatro discos naquela seção imensa, da qual, mais da metade era da nossa querida Xuxa, a rainha dos baixinhos.

Procurei bastante e acabei aprendendo os truques da busca: Quando a capa for azul, provavelmente é algum disco da Gal Costa em que ela se encontra seminua em alguma posição sexy. Quando a capa for branca é algum Roberto Carlos da década de 80, com um olhar tentador, querendo ser levado para casa. Se for coloridinho é Xuxa, sem erro.

Demorei mais de duas horas procurando alguma coisa que prestasse. São poucos que prestam. Em meio aos maiores fracassos da carreira de grandes artistas renomados, em meio às coletâneas religiosas e outras infantis, consegui achar alguns discos que por falta de procura se encontravam ali.

Achei também álbuns de artistas jamais consagrados na música nacional, como a dupla sertaneja: Grego & Gringo, formada por dois albinos, ou a Beltram & Beltrão. Maravilhas musicais perdidas no acervo empoeirado.

Não deixei escapar nada! Acabei saindo com 10 discos. Muitos deles me arrependi depois. Mas, como diziam os adesivos já desgastados devido ao tempo, e que insistem em permanecer grudados nas capas por décadas e décadas, adesivos que quando você tenta retirar, rasga e estraga: “Disco é cultura”. (Thiago Soares)

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A imagem mostra a encenação da Paixão de Cristo, feita pelos alunos da Escola Estadual Cecília Meireles na cidade de Santa Fé. Quando se pensa em Páscoa normalmente se lembra dos ovos e do coelho, esquecendo o sentido real da comemoração, a ressurreição de Cristo. Na foto é mostrado Jesus na cruz, uma imagem que todos conhecem, sendo interpretada por crianças. Apesar da diversão de participar de uma encenação há também todo um trabalho religioso feito pelo corpo docente da escola. Além das escolas participaram da encenação instituições como: Lions, Rotary, Clube da Terceira Idade. (Thábata Bazotte Furtado)

Passageiros criticam empresa de transporte coletivo em Maringá

Superlotação e condições dos veículos da TCCC condicionam reclamações de quem faz uso do transporte


As pessoas que fazem uso do Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) de Maringá, vêm reclamando com freqüência das condições dos veículos convencionais e articulados e do modo como os motoristas estão dirigindo. Além da falta de conforto, os passageiros também criticam a superlotação e a alta velocidade dos ônibus.

Ivani Bueno, 52, que faz uso da linha 427 (Cerro Azul) nos horários de pico, reclamou que há superlotação pelo fato de haver apenas um veículo que leva os passageiros no sentido bairro - terminal.

Rodinéia de Lima, 42, que sempre faz uso do veículo e anda com sua neta de dois anos no colo, disse que os motoristas não respeitam a velocidade permitida, que é de 50 km/h. “Eles não querem nem saber se estão levando boi, porco ou gente, eles correm mesmo”, diz. Ela critica também do letreiro usado para mostrar a linha de cada ônibus. “Não sei se as letrinhas vermelhas ajudam ou acabam atrapalhando a nossa visão”, disse.

A empresa

O Chefe de Manutenção, Gerson Aparecido de Souza, explicou que há quatro funileiros e cinco pintores que consertam 30 ônibus por dia. Os danos mais comuns estão no pára-brisa e no pára-choque, além de serem trocados anualmente as carrocerias. “São poucos os casos de ônibus batidos”, comentou Souza. O Chefe do Departamento de Tráfego da empresa, Luiz Carlos Alves Pinto, acrescentou que todos os veículos passam por uma manutenção.

Alves disse que mediante a quilometragem de cada veículo, existe um plano preventivo em que o ônibus é recolhido pela empresa para se fazer toda a manutenção necessária. São analisados freios, embreagem, estado geral da carroceria e tudo o que possa comprometer a utilização dos carros.

Segundo O Chefe do Departamento de Tráfego, desde o dia 02 desse mês já foram postos mais cinco carros nos trajetos onde há problemas com super-lotação. Normalmente, os lugares onde mais ocorrem esses tipos de problema ficam próximos às escolas, onde o fluxo dos estudantes que fazem uso gratuito dos ônibus é maior, juntamente com as pessoas que estão indo ou voltando do trabalho.

Alves explicou que é impossível colocar mais um carro em todas as linhas pelo fato de haver 223 linhas na cidade. “O estudante faz uso do transporte bem na hora do rush, onde todo mundo precisa da condução e que sempre foi comum no mundo todo haver ônibus super lotados nesses horários”, disse.

Quanto aos veículos articulados que rodam nos lugares onde há um maior fluxo de pessoas, Alves disse que de abril até maio sairão da frota, pois possuem dez anos de vida útil e o contrato de concessão exige que sejam usados nesse período para depois serem trocados.

Alves também rebateu a crítica de que alguns motoristas abusam da velocidade sem se darem conta se os passageiros que ficam em pé estão totalmente seguros dentro do veículo. Ele explicou que os motoristas são orientados e preparados para conduzir os ônibus confortavelmente, independentes dos obstáculos que existam durante o percurso. “Mas dizer que todos são perfeitos, não são. Problemas existem”, comentou o Chefe do Departamento.

Existem também várias reclamações de pessoas que são deixadas para trás no ponto de ônibus. Quanto a isso, Alves respondeu que algumas não percebem o ônibus chegando, não enxergam o letreiro, não acenam a tempo do motorista conseguir frear o veículo, ou simplesmente a superlotação impossibilita a parada do ônibus.

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Como fazer reclamações

O Chefe do Departamento informou que as reclamações podem ser feitas através do número da central de atendimento da empresa (0800 444043) ou pela ouvidoria da prefeitura do município (156). A empresa tem uma comissão que analisa esses casos, fazendo levantamento de quem é o motorista, se o caso é irregular e se a reclamação é realmente verdadeira. O motorista será chamado e será imposto a ele uma penalidade, caso sua atitude seja incorreta.

“A empresa sempre ouve os dois lados, jamais cometeremos uma injustiça, nem para com o passageiro, nem para o funcionário da empresa, procura-se abrir a reclamação, entender e ver quem tem a razão”, complementou Alves.

E na ocorrência de algum passageiro sofrer algum dano corporal dentro do veículo, a empresa assume a responsabilidade e é obrigação dela dar toda a assistência médica que a pessoa precisar. (Ana Cláudia Covo e Marco Aurélio Passarello)

Notícia - Teatro Mágico: uma mistura que deu certo

Nos últimos tempos frases como: “os opostos se distraem e os dispostos se atraem”, “só enquanto eu respirar, vou me lembrar de você” estão começando a ganhar espaço no mundo da música. Essas frases fazem parte do repertório de um grupo paulista que mistura música e teatro: Teatro Mágico. Eles trazem uma aproximação com o público diferente das outras bandas, fazendo com que o público participe “literalmente” de seus shows.

Essa mistura vem dando certo e o grupo vai ganhando cada vez mais destaque no cenário nacional. O público é basicamente formado por jovens e músicas como ‘Camarada D´água’, ‘O Anjo mais velho’ e ‘Ana e o Mar’ são conhecidas por todos que curtem Teatro Mágico.

O Teatro Mágico toca quase todo fim de semana em teatros de todo o país, principalmente no interior de São Paulo. Em seus shows a platéia não fica separada do grupo. Eles dão a impressão de que é tudo é uma coisa só e mostram para o público que não há diferença entre platéia e músicos. Fernando Anitelli, compositor do grupo, disse em entrevista a um site que não há diferença entre o grupo e o público. ”Seja a platéia de você mesmo” chegou a dizer o compositor.

Ana Claudia Covo, estudante de jornalismo, que já foi a um show do grupo disse que o show do Teatro Mágico é diferente das apresentações convencionais, pois parece muito mais com uma peça de teatro ou, até mesmo, uma apresentação de circo.

Ainda neste show Ana conta que Fernando Anitelli, um dos líderes da trupe, fez um gesto muito diferente do que normalmente acontece em show. Ele estava vendendo o CD da banda por R$5 e disse: "quem quiser piratear fique a vontade, quer fazer copia faça, quer sair dando de graça o CD dê, pois é um absurdo o mundo querer vender um CD por quarenta reais. Eu sei que nosso CD só custa cinco reais, mas se vocês quiserem piratear, pirateie. Sou a favor disso, pois pelo menos assim estará divulgando o Teatro Mágico".

A maioria dos artistas se declara contra a pirataria e isso mostra que, além de serem diferente no modo de fazer música, o Teatro Mágico também é diferente na hora de divulgar o próprio trabalho.

Outra coisa que chama atenção no espetáculo é que além de teatro e música eles ainda retratam o Brasil, como por exemplo, em ‘Zazulejo’, quando é colocado o depoimento de uma nordestina durante toda a música, falando das crenças de sua região.

Mayara Gasparoto, estudante de jornalismo, que ouve sempre Teatro Mágico diz que esse tipo de música é diferente das outros estilos musicais que ela ouvia. “É muito melhor para se ouvir”, acredita.

O grupo vem se firmando ainda mais depois de aparecer no Jornal Hoje, da Rede Globo. Através não só de suas músicas, mas também da internet, os jovens estão “espalhando” as músicas do grupo, fazendo com que eles ganhem cada vez mais fãs. (J.C. Ortiz Júnior)

Notícia – Insônia aumenta com o dia-a-dia turbulento das pessoas

A insônia não chega a ser considerada uma doença, mas sim apenas um sintoma de problemas maiores. Ela consiste na falta de capacidade de começar a dormir, de acordar muito cedo, ou de manter o sono durante as necessárias oito horas para jovens e adultos e cinco a seis horas para idosos. É comum as pessoas terem a sensação de uma noite mal dormida com cansaço ao acordar.

Existem diversos distúrbios do sono, como o sonambulismo, a sonolência excessiva, o terror noturno, mas a insônia é o mais comum. Para identificar se as pessoas que sofrem esse tipo de distúrbio é necessário realizar-se um exame em laboratório, através do polissonograma. Esse exame basicamente consiste na análise do sono do paciente. Para isso é obrigatório que ele durma no local onde o exame será realizado.

Há algumas formas de manifestação da insônia. A transitória, que acontece durante momentos de maior stress ou viagens muito longas, e a crônica, que persiste por mais de três semanas.

Certas doenças também podem provocar a insônia, assim como o mal de Parkinson, o estado febril, doenças de desconforto respiratório (enfisema e insuficiência cardíaca), além de distúrbios psíquicos como, depressão, ansiedade, angústia ou stress. Outros fatores que podem causar a ausência de sono são grandes altitudes, barulho, tabagismo, cafeína e o álcool, entre outros.

A estudante Ana Letícia Zandonai Gouveia, relata que quando está prestando vestibulares, sua tensão é maior que a do seu dia-a-dia, por isso passa todo o período tendo a insônia transitória, aquela que dura a curto-prazo. Nessa fase, ela disse evitar tudo que a mantivesse acordada. “Isso facilita um pouco para que o sonho venha”, disse.

Juliane Gorte Starcke, estudante do segundo ano de Arquitetura e Urbanismo, sofre de insônia crônica. Ela diz ter grande dificuldade em pegar no sono e já perdeu muito com esse distúrbio, chegando até dormir durante uma prova. Hoje, quando fica mais de três dias sem ter uma boa noite de sono, ela recorre a sedativos, consumidos através de autorização médica.

Tratamentos

O tratamento para essa incapacidade de dormir vem basicamente da higiene do sono, em que se devem eliminar fatores ambientais importantes. O excesso de alimentos pesados e bebidas alcoólicas ou com cafeína também devem ser evitados nos períodos que antecedem o sono, assim como o “cochilo”.

Não é aconselhável ter televisão no quarto, pois aos insones será difícil dormir se estiver passando algum programa interessante. Nada de luzes fortes acesas pela casa depois das nove ou dez da noite. A melatonina, um neuro-hormônio indutor do sono, só começa a ser produzido quando escurece e luzes fortes podem confundir esse processo biológico. Não recomendável o uso de sedativos a não ser com acompanhamento médico, pois isso pode se tornar um vício, além de raramente resolver o distúrbio do sono.

Soluções

Existem técnicas comportamentais que podem melhorar o sono. A Terapia de Relaxamento reduz ou elimina a tensão corporal e ansiedade, mas é preciso muita prática para aprender essa técnica e alcançar o relaxamento. Para a maioria, isso significa não usar sua cama para nenhuma outra atividade além de sexo e dormir. Como parte do processo, a pessoa é aconselhada para ir à cama somente quando estiver com sono. Se não for capaz de dormir, orienta-se levantar e só voltar para a cama quando estiver com sono. Assim, o corpo sempre assimilará a cama e horário de dormir com o sono.

Há alguns procedimentos que podem incentivar o sono. A posição mais adequada na cama é de lado com os joelhos flexionados. Banho quente antes de dormir, copo de leite morno, prática de exercícios ao entardecer também provocam preguiça e sono. Músicas suaves como sons da natureza, chuva, pássaros, ondas do mar também podem relaxar a mente. (Tânia)

Notícia - Aedes Aegipty - C. Mourão tem 48 casos de dengue; situação é preocupante, diz Saúde

A chefe da Divisão de Epidemiologia de Campo Mourão, Edna Simão

A Secretaria Municipal de Saúde de Campo Mourão confirmou esta semana mais três casos de dengue no município. De acordo a chefe da Divisão de Epidemiologia, Edna Simão, agora são 48, o número de pessoas contaminadas com a doença. Do total, 38 são locais e dez importados. Existem ainda outros 26 com suspeita da doença esperando resultados de exames médicos.

De acordo Edna, a situação é alarmante. "Antes os casos suspeitos estavam aparecendo em poucos locais, mas agora está em toda a parte do município, fica mais difícil o controle da doença", disse. "Os agentes estão trabalhando de madrugada até a noite sem interrupção".

Segundo Edna, apesar do índice de infestação predial de larvas do Aedes Aegipty (mosquito transmissor da dengue) ter caído no município, ainda continua alto e, com o clima quente e chuvoso, a situação se torna preocupante. Ela lembra que o índice de infestação no início do ano era de 8,33%. No começo desse mês foi realizado outro levantamento que indicou 4,4%, conforme relatório repassado à reportagem do Inconstrução.

“O índice na cidade mostra que 44,7% das larvas são encontradas nos lixos e em outros resíduos sólidos encontrados nos quintais das casas. Já 15,8% estão em vasos, pratos, frascos com plantas, bebebouros de animais e piscinas. Outros 11,8% estavam em calhas, lages, ralos, 10,5% em pneus e 1,3% em depósitos naturais”, explicou Edna.

De acordo com dados da Secretaria de Saúde, o Paraná conta com 4.795 casos locais, 369 importados de outros Estados, 34 em investigação e dois casos de dengue hemorrágica, um deles com óbito. Os dados epidemiológicos apresentados pela Secretaria apontam uma incidência de 46,73 casos por 100 mil habitantes no Paraná.

Em todo o Estado, 148 municípios apresentaram casos de dengue, 13.038 notificações. Os municípios com maior número de casos são Ubiratã (3.976 casos por 100 mil habitantes), seguido por São Jorge do Ivaí (2.558) e Santa Helena (1.817). (Walter Pereira - texto e foto)

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Reincidentes serão multados em CM

Devido à alta incidência de focos do Aedes Aegipty encontradas em Campo Mourão, a prefeitura está tomando medidas drásticas. Quem insistir em não cuidar dos seus quintais poderá receber multas que variam de R$ 50,00 a R$ 200,00. As punições estão previstas na Lei nº 2171 de 28 de dezembro de 2006

Conforme a legislação, As infrações serão apurados pela Vigilância Sanitária e punidos com advertência, no caso dos agentes de saúde encontrarem alguma irregularidade na primeira visita ao estabelecimento. O proprietário será notificado e terá o prazo de quatro a cinco dias para se adequar ao exigido. “É uma forma de fazer com que a população leve isto mais a sério”, explica Edna.

Ainda de acordo com a lei, o proprietário que se negar a entregar as chaves do imóvel para ser inspecionado pode ser multado em R$ 100,00. Quem tentar impedir as atividades dos agentes de combate a dengue ou da Vigilância Sanitária estará sujeito a receber multa de R$ 150,00. Aos que deixarem de adotar as principais medidas de controle estarão correndo o risco de receber uma multa de R$ 200,00.

Conforme prevê a lei, irregularidades que forem encontradas em estabelecimentos comerciais e os proprietários se omitirem a obedecer às exigências, o mesmo terá o alvará de licenciamento cassado. (WP).

Notícia - Parque Tupã tem prejuízos em Maringá

O Parque Tupã, original de Balneário Camboriú, está em Maringá desde o começo de abril e tem “despedida” marcada para o dia 22. Apesar de quase um mês de permanência na cidade, o parque vai embora levando uma imagem negativa da cidade, com prejuízo no período que aqui esteve.

Segundo os funcionários, uma das possíveis causas do prejuízo que o parque sofreu foi o preço dos ingressos e do passaporte. Inicialmente o ingresso individual custava R$ 3, a cartela com cinco ingressos R$ 10 e o passaporte (que proporciona livre acesso a todos os brinquedos quantas vezes a pessoa desejar), R$ 16.

Esses valores foram considerados abusivos pelos moradores da cidade, fazendo com que o parque tivesse uma pequena procura. José Cláudio Ortiz Júnior, estudante de jornalismo, afirmou que não foi ao parque por considerar que R$ 16 é um valor muito alto para um parque de diversões. Outra estudante de jornalismo, Mariana Grossi, disse que não foi ao parque porque está economizando dinheiro para ir a Expoingá, que acontecerá no próximo mês.

Em virtude da pequena procura, os responsáveis pelo parque resolveram diminuir o preço dos ingressos, fazendo o que eles estão chamando de “Promoção de Despedida” que serve para aliviar os prejuízos que tiveram em Maringá. O ingresso individual passou a custar R$ 2 e o passaporte, R$ 10.

Mas os prejuízos do parque não ficaram apenas no campo financeiro. Dois de seus funcionários estão com problemas de saúde. Um deles teve dengue e o outro está com suspeita da mesma doença.

O parque funciona de terça a sexta das 17 às 22 horas e, aos sábados e domingos, 14h às 22h. (Mayara Gasparoto Mendes)

ENTREVISTA - CARLOS MALTZ

Carlos Maltz sempre foi um cara esperto. Em 1985 formou, com Humberto Gessinger, o Engenheiros do Hawaii, banda que durante toda carreira conseguiu angariar um público cativo e fiel. Onze anos depois, Maltz abandonou a bateria do Engenheiros por questões pessoais e surpreendeu os fãs, que passaram ainda mais a idolatrá-lo e até a questionar a forma egocêntrica com que Gessinger conduzia a banda. Afinal, o vocalista passou a trocar a banda de apoio a cada dois ou três discos e foi o único da formação inicial a manter-se no grupo.

Nesses anos em que ficou afastado, Carlos Maltz continuou na memória dos fãs do Engenheiros, que nunca entenderam a sua saída. Maltz passou a estudar Astrologia Psicológica e, atualmente, é essa sua profissão. O ex-baterista possui um escritório em Brasília e cobra R$ 200,00 por consulta. A clientela, em sua maior parte, é formada por fãs da banda que pagam para ter o ídolo fazendo as suas previsões astrológicas.

Quanto à música, não deixou de compor. Recentemente lançou de forma independente o cd “Farinha do mesmo saco”. Em janeiro de 2007, Carlos Maltz trouxe à Maringá o seu show voz e violão em que cantou suas canções próprias e até algumas parcerias com Humberto Gessinger. O ponto alto da apresentação foi a música “Depois de nós”, gravada pelo Engenheiros do Hawaii no Acústico MTV e que contou com a participação especial de Maltz nos vocais.

A entrevista feita com ex-baterista durante sua passagem por Maringá foi imprevisível. Ele filosofou, criticou a sociedade, falou sobre o Engenheiros e mostrou que é e sempre foi um cara esperto. (Alexandre Gaioto)

Maltz, “Onde estão os caras que desmaterializavam moedas de dez mil reais”?

(risos) Desmaterializaram tudo e ficaram duros (risos)! Agora têm que fazer shows para ganhar dinheiro! Essa música está falando onde é que está aquele sonho? Onde estão aqueles caras que sonharam aquele sonho? Aqueles caras que acreditavam num mundo melhor? Fala sobre desilusão, da perda de um sonho. Mas, na verdade, quando a gente perde um sonho, a gente pode arrumar outro.

Essa música é importante porque fala sobre esse momento em que parece que não tem mais sonho nenhum no mundo. Esses dias eu estava falando para uma pessoa de quando eu era jovem e tinha o pôster do Che Guevara na parede do meu quarto e era uma coisa altamente subversiva, minha mãe tinha medo daquilo! Ela dizia: “Isso é perigoso!”. E aquela mesma imagem eu vi esses dias, numa revista, no biquíni da Gisele Bundchen. Achei aquela imagem muito interessante de como é que essas coisas foram trucidadas pela máquina materialista. Não vou dizer máquina capitalista, porque a máquina é materialista. O socialismo e o capitalismo são dois lados da mesma moeda, da moeda “coisa”. Estamos nós nesse momento vivendo o naufrágio, o sucateamento que é essa civilização “coisa”, que só tem “coisa” para nos oferecer. E estamos vendo ai como é que a “coisa” está ficando. Tem uma frase do Raul (Seixas) que é assim: “Do materialismo ao espiritualismo é sé uma questão dos recursos do primeiro terminarem”. Nós estamos próximos de vivermos esse momento. Não tem mais condição de sustentar o sistema “coisa” do jeito que ele é devorador da “coisa”. E isso é uma “coisa” que ali na frente vai ter um fim e a gente vai ter que achar outra “coisa” para poder sobreviver.

Estamos nesse momento de substituição de sonhos antigos por novos sonhos. Onde estão os caras? Nós precisamos achar um outro sonho. Nós tivemos uma série de sonhos que desmoronaram recentemente. O ano passado foi um ano de desmoronamento de sonhos, sonhos que a gente acreditava realmente. “Pô, quando essas pessoas chegarem, vai ser diferente”. Aí essas pessoas chegaram e fizeram do mesmo jeitinho. Mas isso até que foi bom, porque deu pra perceber que é tudo pessoa, é tudo gente. Com barba, ou sem barba, é tudo gente. Perdemos a noção do que é sonho, do que é transformação de nós mesmos.

E qual é o seu sonho?

O meu sonho é poder ficar vivo. Hoje em dia, você estar vivo já é uma coisa interessante (risos). Por exemplo, têm pessoas que praticam esporte radical. E eu digo, o que pode ser mais radical do que um cidadão morar no Rio de Janeiro e ficar vivo? Meu sonho pessoal é continuar tendo água pra beber e que as minhas filhas também tenham. Estou a fim de sobreviver, como diz “Cidade em chamas”, do Engenheiros. Meu sonho é esse, que a minha vida faça sentido pra mim.

Essa ideologia pelo bem da humanidade você levou para o seu show nas escolas. Como foram os shows nessas escolas?

Eu fiz uma série de Talk Shows nas escolas por uns dois ou três anos. Toquei muito em Brasília, e até no Rio Grande do Sul. Era um show para conversar com a galera. As pessoas perguntavam “Como é esse negócio do rock e de estar numa banda?”. Os mais diversos assuntos surgiam durante o show. Esses temas das conversas eu transformei no me livro “Sexo, Deus e rock and roll”. Fala sobre isso tudo que estamos falando na entrevista, sobre o final de uma era, o começo de outra era e tudo se passa num diálogo pela internet.

Os fãs do Engenheiros são muito fiéis, e sempre estão em diálogos na internet. É unânime: todos eles querem a sua volta. E todos acham Humberto Gessinger um egocêntrico.

(risos) Ele também acha! Essa pergunta é boa (risos)! Eu penso assim, esse negócio de volta não tem como. Nada volta. Se você se separar da sua namorada e mais pra frente você reencontrá-la, não é volta não. É um outro momento. Pode ser que a gente volte a tocar junto? Pode! Enquanto estiver eu, Humberto o Augusto (Licks, ex-baixista) estivermos vivos, a possibilidade existe. Mas eu não venho pensando nisso. Naquela época que a gente fez aqueles discos, eu tocava seis horas por dia, todos os dias! Eu tinha um estúdio na minha casa, no Rio, e ficava praticando. Depois saía e andava duas horas de bicicleta na beira da praia. Eu passava oito horas por dia dedicado exclusivamente à manutenção da forma para poder tocar da maneira que a gente tocava: alucinados e em trio. A gente não vai fazer isso hoje em dia. Mesmo porque eu tenho quarenta e cinco anos de idade, tenho filhos pra criar, uma série de outras coisas que faço da minha vida. O Humberto, egocêntrico? É pouco! Eu acho que ele até é meio autista! É outro problema, o furo é mais embaixo. Mas não acho isso nem ruim, nem bom. É a vida do cara.

E o fato dele levar o nome do Engenheiros?

Eu mesmo sugeri dele ficar com o nome do Engenheiros. Pensei assim, se alguém tem que ficar com o nome esse alguém é ele, não eu. Quem compôs as músicas, quem carregou aquele negócio nas costas foi ele. Hoje eu vejo que tomei a decisão acertada, porque a banda está aí até hoje. Humberto é um capricorniano típico. Ele vence pela perseverança, pela firmeza nas coisas, é cumpridor de seus deveres. É uma pessoa que pelo menos em dez anos que eu estive ao seu lado na estrada, nunca vi nenhuma vez meter chifre na mulher dele.

Vocês então foram roqueiros do bem?

Do bem mais ou menos, né? Porque veja bem, a pessoa que acha que é do bem, já está sendo do mal. O cara que diz que é do bem, já sabe que não se conhece bem. Todos somos mais ou menos. Mais ou menos do bem, mais ou menos do mal. Temos que escolher de que lado nós vamos ficar...às vezes, pode até ser que eu seja do bem. Venho pelejando pra ser cada vez mais do bem. Mas se eu disser que eu estou sendo do bem, já vou dizer que estou sendo do mal. Toda vez que eu me vejo no espelho, me pergunto: “Vem cá, rapaz, de que lado você está, ô, meu?”. Às vezes eu estou do lado do bem, mas não é cem por cento, porque se eu disser isso, vou dizer que sou mentiroso. Se você perguntar para um cara “Você é mentiroso?” e ele disser “Não”, você já sabe que ele é.