terça-feira, 3 de abril de 2007
Crônica - Mais um jogo
Num domingo, como outro qualquer, fui ao estádio ver o jogo do Galo Adap. Na hora de comprar o ingresso, aquele “empurra-empurra” me lembrou os tempos em que ia ao estádio com meu pai. Na fila para entrar, estava uma enorme confusão. Não existia apenas uma fila, mas várias que davam em uma só entrada.
Ao adentrar ao estádio, as cores preta e branca tomavam conta do local e os gritos “vamos ganhar galo!” davam o ritmo a uma espera que parecia não ter fim.
Quando os dois times entraram em campo, fui para trás do gol do time adversário, para acompanhar melhor o ataque do time da casa, e ao meu lado estava um senhor de certa idade, que não parava de xingar nenhum minuto.
Eu, minha namorada e um amigo nos divertíamos mais com os xingamentos do senhor de idade do que com o jogo em si. Acabei entrando na “onda” e também comecei a falar mal do trio de arbitragem e dar ainda mais risada com o nosso “vizinho”.
No intervalo do jogo, relembrei da minha infância com meu pai e meu avô,no estádio municipal Tenente Carriço, em Penápolis (SP), dos sorvetes de palito, só com cor e sem gosto, que eram a minha maior diversão no domingo de manhã.
Lembrei-me também do tempo em que o estádio era um local para a família e não para “marginais”, que vão acabar com a diversão de crianças que aprendem, desde pequenas, a torcer pelo time de sua cidade.
Mas voltando ao jogo. O placar mostrava a vitória de 4x1 para o time do Galo Adap. Quando o juiz apitou o final e o sistema de irrigação começou a molhar o campo, meu coração bateu mais devagar e as lembranças de meu pai e meu avô ficaram mais fortes. Era assim que eu iria terminar mais um domingo no estádio. (J.C.Ortiz Júnior)
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