terça-feira, 3 de abril de 2007

Notícia – Travada a guerra contra a gordura trans


Em virtude do alto consumo de gordura trans e pelo risco que ela representa a saúde da população, a Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária) adotou uma resolução referente à rotulagem nutricional, onde estabelece que a quantidade de gordura trans deve constar nos rótulos dos alimentos.
O prazo para essa mudança era até o dia 31 de dezembro de 2006. Entretanto, a partir de 1º de janeiro de 2007 os fabricantes que não cumprirem as regras poderão pagar multas que vão de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão. Mesmo assim, até hoje alguns produtos ainda não foram regularizados.
Os ácidos graxos trans (AGT), ou gordura trans são encontrados principalmente em alimentos industrializados como biscoitos, bolachas, pipocas de microondas, margarinas, salgadinhos industrializados e frituras em geral. São utilizados para aumentar a consistência e crocância dos alimentos e também o tempo de vida útil.
Em Maringá, os laudos necessários à rotulagem nutricional são fornecidos pelo laboratório de química da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que possui equipamentos sofisticados capazes de precisar a quantidade de gordura trans presente no alimento, concluindo essa análise em apenas uma semana.
Com a nova lei, as pessoas estão se conscientizando desse mal, explica a nutricionista Silvia Cristina de Araújo., “Com essa conscientização, a gordura e a química vem sendo reduzida dos produtos industrializados”. A gordura trans baixa os níveis do colesterol HDL, que é o bom, e aumenta os níveis do colesterol total, o ruim. Se consumida em excesso, aumenta os riscos de doenças cardiovasculares.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a ingestão da gordura trans deve ser limitada a 1% do valor calórico da dieta. Com a correria da vida moderna as refeições acabam sendo substituídas por produtos industrializados.
O maior problema é que a maioria das pessoas ainda desconhece o que é a gordura trans e seus malefícios. A dona de casa Sônia Nascimento afirmou que nunca olhou o rótulo dos produtos que compra para procurar informações da quantidade de gordura trans. “Eu nem sabia que isso existia quanto mais que fazia mal a saúde”, afirmou. (Vanessa Barbosa Bononi)

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