A banda curitibana Relespública, esteve em Maringá no último dia 14 e fez um show no Velvet Bar. Os rapazes do Kicking Bullets, de Maringá, abriram o show fazendo covers de Pixies, Strokes, The Clash, entre outras.
A casa ficou lotada, formando uma fila imensa tanto antes de começar o show, na entrada, quanto na hora de pagar, na saída.
Mas antes de todo esse movimento, logo depois da passagem de som, os curitibanos Moon (baterista), Ricardo (baixista) e Fábio Elias (guitarrista e vocalista) cederam uma entrevista descontraída, contando sobre os 18 anos de carreira do Relespública e também como foi a repercussão do cd ao vivo que gravaram com a MTV pelo "MTV Apresenta" em 2005. Os músicos comentaram também como é dividir o palco com Nasi, vocalista da banda IRA, que vez ou outra deixa sua banda e sai em turnê com o Reles. (por Lizandra Gomes)
Já é a 5ª vez da banda em Maringá, e dessa vez, para a alegria de muitos, sozinhos. Como é tocar com o Nasi?
Fábio- Para o Nasi aquilo é uma diversão, a gente se diverte tocando as músicas do IRA, banda que a gente gosta desde moleque, se inspirou neles. Fazer com o Nasi é uma brincadeira. Ele também brinca com o público, ele se sente mais livre do que no IRA para fazer bagunça, falar besteiras (risos)
Na verdade a Relespública já existe muito antes do Nasi, a gente está aqui hoje na mesma Velvet da outra vez com nosso show, para nós é muito mais especial poder trazer nossas músicas.
Moon- Em alguns lugares, a gente tocava antes do Nasi, todo mundo ficava olhando sem saber o que era. Aqui em Maringá foi o contrário.
Fábio- Acho que é porque quando a gente está com o Nasi, a gente dá um gás para mostrar o nosso trabalho, e pensamos "Que Nasi o caramba, somos o Relespública!". (brinca o vocalista)
Moon- Em muitos lugares, depois que tocávamos com o Nasi, os donos vinham falar "Pô, a música de vocês são legais, a galera conhece".
Fábio- Mas na verdade o Nasi deu a maior força, nos ensinou muita coisa de bastidores.
Vocês voltaram para Maringá três vezes em menos de um ano, isso é reflexo do MTV Apresenta?
Fábio- É ajudou bastante.
Moon- Na verdade a gente voltou pra cá com "Histórias são iguais" no Asterisco. Antes a gente já tinha vindo com o quinteto nosso, há muito tempo atrás, e depois com o "Rock'n Roll Brasil", que foi na UEM.
Isso que você falou mostra o resgate da própria banda, a partir do lançamento do "Histórias são iguais" que foi o que fez a gente chegar no MTV Apresenta.
E quanto as musicas novas?
Fábio- A gente tocou ali na passagem de som "Medo e Delírio", que a gente vai lançar para o próximo disco, que sabe Deus quando sai. (risos)
Moon- A gente vai trabalhar mais ainda o MTV Apresenta. Rolou um ano dele, mas pô é uma conquista gravar esse show ao vivo com o selo da MTV. E as pessoas ainda comentam bastante , a gente ainda chega em cidades e lugares que o pessoal nem sabe que existe, tem muito o que divulgar ainda.Nas cidades que a gente toca mais, Curitiba, Ponta Grossa, já tocamos músicas novas. A gente ta com o disco pronto, só depende da gravadora.
Fábio- A tour da MTV está tão legal, as pessoas estão tendo acesso. Lançar disco é fácil, difícil é as pessoas saberem. (risos)
Vocês vão mais para fora do estado tocar?
Fábio- A gente vai bastante para Santa Catarina, que é um estado bem festeiro, lá a gente toca todo mês.
Moon- São Paulo, e interior de São Paulo também uma vez por mês.
Fábio- O mercado para o Rock, pelo menos para a Reles, é de São Paulo para baixo.
Moon- No ano passado a gente fez uma turnê pelo Nordeste, mas é muito longe.
Ricardo- Só de passagem dá R$ 2.500 pra cada um.
Fábio- Ai tem que viajar sem equipe, sem técnico, ai é melhor não ir.
E no Paraná, quais cidades vocês tocam com mais freqüência, fora Curitiba?
Fábio- Ponta Grossa, Londrina a gente já foi bastante, Maringá é a quinta vez, Foz do Iguaçu, umas três, Pato Branco também. Tem muita cidade que a gente não foi ainda.
E falando nisso, vocês têm 18 anos de carreira, e vieram para Maringá 5 vezes apenas. Porque não vinham antes com a mesma freqüência?
Fábio- Por causa do lance de fazer música própria, de fazer Rock'n Roll cantado
A gente fazia Rock nacional numa época que ninguém falava de rock nacional, ninguém cantava
E a banda já enfrentou alguma coisa bizarra?
Fábio- Em show sempre tem um louco que sobe no palco, quer cantar e canta tudo errado. (risos)
E em Maringá alguma coisa marcante?
Fábio- Aqui sempre foi legal, o público comparece. Teve aquele no Fábrica de Rock...
Moon- Nooooooooossa, aquele foi muito legal!
Fábio- A galera não deixava a gente parar de tocar. O lugar era pequeno, todo mundo espremido ali. Mas um clima sensacional, Rock'n Roll demais.
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