domingo, 20 de maio de 2007

Crítica - “Jarhead – Soldado Anônimo”

Do mesmo diretor de “Beleza Americana”, Sam Mendes, e distribuído pela UIP (United Pictures International) em 2006, “Soldado Anônimo” é baseado no livro do soldado americano Anthony Swofford (protagonizado por Jake Gyllenhaal), e mesmo pertencendo ao gênero de guerra e drama, consegue trazer um visão sobre a disputa, a guerra e os interesses econômicos envolvido com o petróleo, numa crítica aos Estados Unidos.
Os homens treinados são fuzileiros e são designados a funções como observadores e atiradores. Esses fuzileiros aprendem desde adorar o fuzil de cada um e são até mesmo persuadidos a dizer aos repórteres que estão sendo bem tratados. Mas, na verdade, são cruelmente preparados para enfrentar uma guerra, apanhando de seus superiores e alguns chegam até mesmo a morrer nos treinamentos.
Outro assunto muito enfatizado no filme, é a carência dos fuzileiros. Eles parecem ter a sensação de estarem vivendo outro mundo, outro momento. Isso porque suas famílias continuam a viver normalmente, suas namoradas e esposas se relacionarem com outros homens, não levando em consideração que os fuzileiros ainda estão vivos. Acreditam que eles não sobreviveram a guerra.
A guerra em questão é a Guerra do Golfo, que aconteceu na primeira metade da década de 1990. Uma guerra rápida e sem muitas emoções, onde não há um combate direto entre homens, mas sim os meses em que os soldados passam no Kwait protegendo o petróleo, graças a possessão de Bush, relatando sobre o vazio e a rapidez do conflito. Porque quando você acredita que a ação vai começar, vem o anti-clímax e o filme simplesmente termina.
Diferentes dos filmes produzidos por Sam Mendes, seu primeiro filme de guerra não tem muitas emoções e tem alguns pequenos defeitos como a aparição de um cavalo sozinho em meio ao deserto numa chuva de petróleo. O filme não é dos melhores, mas ainda sim poder ser indicado como uma sugestão de filme regular a ser assistido. (Tânia Caroline Mella)

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