Fernanda Inocente
The Tamborines em sua apresentação no Tribo's Bar, em Maringá
Desde 2002 residindo em Londres, a banda The Tamborines, formada pelo curitibano Rodrigo Thur (bateria) e pelos maringaenses Henrique Laurindo (guitarra e vocal) e Luciana Nozaki (teclado, sintetizadores e percussão), tem se destacado no circuito alternativo londrino e arrancado fortes elogios do público e da mídia, chegando a receber ótimas críticas em veículos como a BBC, a NME e a Drowned In Sound.
Com influências de bandas como My Bloody Valentine e The Velvet Underground, o resultado não poderia ser outro. A receita para tanto sucesso é uma mistura do rock psicodélico com o rock alternativo britânico, muito bem traduzidos pela guitarra barulhenta e pelos sintetizadores.
A banda surgiu em 2000, na época composta por cinco integrantes, que juntamente com o selo carioca Midsummer Madness lançaram o EP “Dressed Up To Better Feel The Sun”, porém dois anos mais tarde a banda chegava ao fim, ou era o que parecia.
Em 2005 os Tamborines voltaram a atividade com tudo, lançaram dois EPs na Inglaterra, com participações de Frank Teardrop do Brian Jonestown Massacre, e Mark Gardener do Ride, além do produtor Brian O’Shaunghnessy, que já trabalhou com Primal Scream, My Bloody Valentine, entre outros.
Depois de cinco anos no exterior e com um belíssimo currículo na bagagem, os Tamborines voltaram ao Brasil e fizeram quatro apresentações no mês de maio, em Curitiba, Londrina, Maringá e Ribeirão Preto, mostrando que o reconhecimento que eles têm lá fora é, de fato, merecido.
Em entrevista exclusiva, Henrique comenta um pouco mais sobre essas e outras experiências. (por Fernanda Inocente)
Fernanda: O nome da banda, The Tamborines, é uma referência à música “Mr. Tambourine Man”, do Bob Dylan?
Henrique: Na verdade, não. Mas nós adoramos Bob Dylan.
Fernanda: Quando a banda surgiu, era composta por cinco integrantes que faziam um som diferente do que o Tamborines faz hoje. Como era o som de vocês naquela época, e o que levou à mudança?
Henrique: Na época queríamos fazer algo grandioso, como Tindersticks e afins. A banda acabou em 2002, quando o então baterista Renato Tezolin resolveu sair da banda. Quando decidimos voltar a tocar, três anos depois, nós já éramos pessoas diferentes, conseqüentemente o som evoluiu.
Fernanda: Enquanto vocês estavam no Brasil, lançaram o EP "Dressed Up To Better Feel The Sun" pelo selo Midsummer Madness e com distribuição da Candy Records. Qual foi a repercussão desse EP por aqui?
Henrique: Apesar das limitações foi bacana, imagino. Mas nós não fazíamos muitos shows então a coisa se restringiu a pequenos círculos mesmo.
Fernanda: O que levou o Tamborines a se mudar para a Inglaterra? Já tinham alguma proposta de trabalho por lá ou foram tentar a sorte mesmo?
Henrique: Na verdade fomos por outros motivos, profissionais mesmo. Tanto que só começamos os Tamborines por lá em 2005, enquanto outras bandas na mesma situação já entraram com tudo na cena.
Fernanda: Como foi a recepção do público londrino com os Tamborines a princípio? Rolou preconceito com a banda pelo fato de serem brasileiros?
Henrique: Sempre foi muito positiva, estamos em uma posição boa por lá.
Foto: Fernanda Inocente
Fernanda: Na Inglaterra vocês lançaram o single "What Took You So Long/The Great Vision" pela Decadent Records, e recentemente o single ''Sally O'Gannon/Be Around'' pela Sonic Cathedral. Ambos renderam ótimas críticas em diversos meios de comunicação britânicos de respeito. Como vocês se sentem recebendo elogios desses veículos? Essa aceitação por parte do público e da imprensa era esperada?
The Tamborines em sua apresentação no Tribo's Bar, em Maringá.Henrique: Nos sentimos respeitados. Esse reconhecimento é fruto de nossa convicção, do entendimento e honestidade no que fazemos. Quanto a ser esperado, sim. Sempre soube que por lá as coisas seriam diferentes.
Fernanda: No single "Sally O'Gannon/Be Around" vocês contam com a participação especial de Frank Teardrop do Brian Jonestown Massacre, e de Mark Gardener do Ride. Como foi gravar com esses grandes nomes da cena alternativa mundial?
Henrique: Ótimo! Mas uma coisa é preciso ser dita: o single já é clássico sem Mark ou Frank. O fato deles se oferecerem pra tocar no single só mostra que nosso trabalho é sério e de qualidade.
Fernanda: Depois de cinco anos fora do Brasil, como é estar de volta? Como foi para o Rodrigo tocar em Curitiba? E como foi para você e Luciana tocarem em Maringá?
Henrique: Nossa casa é Londres. Mas tocar em Maringá e Curitiba foi muito bom, principalmente por poder rever grandes amigos.
Fernanda: Essa mini-turnê brasileira tinha na agenda apenas quatro shows, sendo três deles no Paraná. Vocês pretendem voltar ao Brasil com uma turnê mais extensa, que percorra mais estados e regiões?
Henrique: Difícil falar. Nós viemos mesmo passar férias no Brasil, se rolar algo mais sério, tocaremos sim. Mas enquanto houver promoters como uns e outros de Londrina, que sempre dão balão, aí a coisa complica.
Fernanda: Voltando para a Inglaterra, quais são os planos para os Tamborines?
Henrique: Continuar nosso trabalho por lá, lançar discos, tocar, enfim...
Para ouvir as músicas e assistir ao clipe de Sally O’Gannon acesse: http://www.myspace.com/thetamborines
Com influências de bandas como My Bloody Valentine e The Velvet Underground, o resultado não poderia ser outro. A receita para tanto sucesso é uma mistura do rock psicodélico com o rock alternativo britânico, muito bem traduzidos pela guitarra barulhenta e pelos sintetizadores.
A banda surgiu em 2000, na época composta por cinco integrantes, que juntamente com o selo carioca Midsummer Madness lançaram o EP “Dressed Up To Better Feel The Sun”, porém dois anos mais tarde a banda chegava ao fim, ou era o que parecia.
Em 2005 os Tamborines voltaram a atividade com tudo, lançaram dois EPs na Inglaterra, com participações de Frank Teardrop do Brian Jonestown Massacre, e Mark Gardener do Ride, além do produtor Brian O’Shaunghnessy, que já trabalhou com Primal Scream, My Bloody Valentine, entre outros.
Depois de cinco anos no exterior e com um belíssimo currículo na bagagem, os Tamborines voltaram ao Brasil e fizeram quatro apresentações no mês de maio, em Curitiba, Londrina, Maringá e Ribeirão Preto, mostrando que o reconhecimento que eles têm lá fora é, de fato, merecido.
Em entrevista exclusiva, Henrique comenta um pouco mais sobre essas e outras experiências. (por Fernanda Inocente)
Fernanda: O nome da banda, The Tamborines, é uma referência à música “Mr. Tambourine Man”, do Bob Dylan?
Henrique: Na verdade, não. Mas nós adoramos Bob Dylan.
Fernanda: Quando a banda surgiu, era composta por cinco integrantes que faziam um som diferente do que o Tamborines faz hoje. Como era o som de vocês naquela época, e o que levou à mudança?
Henrique: Na época queríamos fazer algo grandioso, como Tindersticks e afins. A banda acabou em 2002, quando o então baterista Renato Tezolin resolveu sair da banda. Quando decidimos voltar a tocar, três anos depois, nós já éramos pessoas diferentes, conseqüentemente o som evoluiu.
Fernanda: Enquanto vocês estavam no Brasil, lançaram o EP "Dressed Up To Better Feel The Sun" pelo selo Midsummer Madness e com distribuição da Candy Records. Qual foi a repercussão desse EP por aqui?
Henrique: Apesar das limitações foi bacana, imagino. Mas nós não fazíamos muitos shows então a coisa se restringiu a pequenos círculos mesmo.
Fernanda: O que levou o Tamborines a se mudar para a Inglaterra? Já tinham alguma proposta de trabalho por lá ou foram tentar a sorte mesmo?
Henrique: Na verdade fomos por outros motivos, profissionais mesmo. Tanto que só começamos os Tamborines por lá em 2005, enquanto outras bandas na mesma situação já entraram com tudo na cena.
Fernanda: Como foi a recepção do público londrino com os Tamborines a princípio? Rolou preconceito com a banda pelo fato de serem brasileiros?
Henrique: Sempre foi muito positiva, estamos em uma posição boa por lá.
Foto: Fernanda Inocente
Fernanda: Na Inglaterra vocês lançaram o single "What Took You So Long/The Great Vision" pela Decadent Records, e recentemente o single ''Sally O'Gannon/Be Around'' pela Sonic Cathedral. Ambos renderam ótimas críticas em diversos meios de comunicação britânicos de respeito. Como vocês se sentem recebendo elogios desses veículos? Essa aceitação por parte do público e da imprensa era esperada?
The Tamborines em sua apresentação no Tribo's Bar, em Maringá.Henrique: Nos sentimos respeitados. Esse reconhecimento é fruto de nossa convicção, do entendimento e honestidade no que fazemos. Quanto a ser esperado, sim. Sempre soube que por lá as coisas seriam diferentes.
Fernanda: No single "Sally O'Gannon/Be Around" vocês contam com a participação especial de Frank Teardrop do Brian Jonestown Massacre, e de Mark Gardener do Ride. Como foi gravar com esses grandes nomes da cena alternativa mundial?
Henrique: Ótimo! Mas uma coisa é preciso ser dita: o single já é clássico sem Mark ou Frank. O fato deles se oferecerem pra tocar no single só mostra que nosso trabalho é sério e de qualidade.
Fernanda: Depois de cinco anos fora do Brasil, como é estar de volta? Como foi para o Rodrigo tocar em Curitiba? E como foi para você e Luciana tocarem em Maringá?
Henrique: Nossa casa é Londres. Mas tocar em Maringá e Curitiba foi muito bom, principalmente por poder rever grandes amigos.
Fernanda: Essa mini-turnê brasileira tinha na agenda apenas quatro shows, sendo três deles no Paraná. Vocês pretendem voltar ao Brasil com uma turnê mais extensa, que percorra mais estados e regiões?
Henrique: Difícil falar. Nós viemos mesmo passar férias no Brasil, se rolar algo mais sério, tocaremos sim. Mas enquanto houver promoters como uns e outros de Londrina, que sempre dão balão, aí a coisa complica.
Fernanda: Voltando para a Inglaterra, quais são os planos para os Tamborines?
Henrique: Continuar nosso trabalho por lá, lançar discos, tocar, enfim...
Para ouvir as músicas e assistir ao clipe de Sally O’Gannon acesse: http://www.myspace.com/thetamborines
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