domingo, 20 de maio de 2007
Notícia - Filme 100% maringaense
No dia 30 de abril estreou, no Teatro Calil Haddad, o curta-metragem “A Garota da Loja de Livros”, escrito e dirigido por Eliton Oliveira. O filme foi produzido através da Lei Municipal de Incentivo a Cultura, que deu R$ 30 mil para a produção, e de mais alguns patrocínios particulares.
A Garota da loja de Livros é totalmente maringaense, porém, de acordo com o roteirista e diretor, um próximo trabalho na cidade dificilmente terá essa característica, porque são muitas as dificuldades de se produzir um filme aqui. Oliveira diz que Maringá ainda é muito deficientes em diversos aspectos técnicos. “Não temos bons estúdios de som para realizar a gravação de trilha sonora, por exemplo”.
Outra dificuldade encontrada pelo diretor foi arrumar meios de exibir o seu filme. “As dificuldades de exibições estão sendo bastante desanimadoras, principalmente em Maringá, onde eu esperava muito mais”, afirma. Oliveira explica que o curta metragem foi feito para ser exibido em escolas e faculdades, com intenção de proporcionar um debate sobre a produção após a exibição do filme, porém, as instituições com as quais ele entrou em contato não demonstraram interesse.
De acordo com Maria Angélica, diretora de produção do filme, a intenção é exibir o filme também em festivais no Brasil e no exterior, sendo que o curta já foi inscrito em alguns desses eventos. Entretanto,algo que surpreendeu os produtores da “Garota da Loja de Livros”, foi o edital dos filmes selecionados para a quarta edição do Festival de Cinema de Maringá ter excluído o curta. “Devem ter detestado o filme, achado ele uma grande porcaria, só isso pode explicar porque deixaram esse trabalho pioneiro por Lei de Incentivo à Cultura em Maringá, de fora”, lamenta Oliveira.
Andye Iore, jornalista e membro da comissão julgadora da quarta edição do Festival de Cinema de Maringá, explicou que o festival não é um evento apenas para filmes maringaenses, mas um festival nacional que recebe filmes de todas as partes do país. “Não teríamos que selecionar o filme (A Garota da Loja de Livros) só por ser (produto) de lei de incentivo ou por ser maringaense. Há vários aspectos que são avaliados” explica. Segundo Iore , o filme não foi classificado por apresentar problemas com os direitos autorais das músicas utilizadas na trilha sonora. Outros filmes, além da “Garota da Loja de Livros”, apresentaram o mesmo problema, e por isso, também, não foram classificados.
Mesmo com os problemas enfrentados e as dificuldades na hora de exibir seu filme, Oliveira não desanima e já apresenta um novo projeto, segundo ele 10 vezes mais complicado que “A Garota da Loja de Livros”. “Será um longa-metragem, que estou escrevendo, e se chamará ‘Yasmin’”, concluíu Oliveira. (Thiago Soares)
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