segunda-feira, 26 de março de 2007

Artigo: Telefone: Um mal necessário

Essa semana tive problemas com uma operadora de telefonia fixa. Recebi uma ligação de uma das empresas filiadas e a atendente tentou me empurrar um serviço que eu não queria. Ela tinha todos os meus dados e sabia o valor de todas as faturas. Mesmo sem a minha autorização o agendamento foi feito e o técnico chegou em minha casa no dia seguinte. Por sorte não tinha ninguém e a segunda linha telefônica não chegou a ser instalada. Na mesma hora liguei para o serviço de atendimento ao consumidor e denunciei o abuso da tal empresa filiada. Tirando esses irritantes acontecimentos não consigo cancelar minha conta e ficar sem esses aparelhinhos que me irritam tanto. Talvez ainda não fiz isso por plena necessidade.
Não tem coisa pior do que você estar assistindo um bom filme na paz da sua casa, quando de repente toca o telefone. Notícia boa nunca vem, nem planos para reduzir sua conta, num primeiro momento até parecem vantajosos, mas só servem para encarecer ainda mais a fatura mensal.
Sem falar nos celulares, esses sim na minha opinião estão no topo da coisa chata. Todo mundo te acha na hora que for e onde você estiver. Não existe mais privacidade. E as câmeras embutidas em quase todos os celulares. Todos os lugares têm alguém tirando uma foto pra mandar pra mãe ou pro namorado. E a guerra entre empresas de telefonia celular é enorme. Toda semana eu recebo ligações de empresas concorrentes da que eu uso. Se eu tivesse aceitado todas as ofertas de celulares grátis pra e mudar de operadora, já poderia até abrir uma loja.
Mais não vejo para um futuro próximo uma solução para isso. Esse é um caminho sem volta, um caminho de invasão total de privacidade, onde as pessoas sabem até quanto você gasta por mês na sua conta de telefone e se acham no direito de impor um serviço inútil pra você sem perguntar nada.
Esse é o preço que pagamos pela tecnologia que utilizamos e cada vez mais vamos ser incomodados para nós comprarmos os serviços e produtos das empresas sem questionar absolutamente nada.
(Rodrigo Pessin Chioderolli)

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