terça-feira, 20 de março de 2007

Crítica - Maringá também é rock

Dia dez de março de 2007, mais uma vez a Panelinha Produções trouxe um grande show de rock alternativo para Maringá. A banda da vez foi a paulista Ludovic. Um show aguardado por muitos e que não desapontou a ninguém. Mesmo com a forte chuva, o público maringaense compareceu ao Tribo’s Bar.

Além do Ludovic, apresentaram-se a banda maringaense A Sexta Geração da Família Palim do Norte da Turquia e a londrinense Silêncio.

Por volta da uma hora da manhã, a primeira banda – A Sexta Geração da Família Palim do Norte da Turquia - subiu ao palco. Show insano. Nunca vi o público maringaense tão ativo no show dos caras. Elogios de todas as partes marcaram o show da Família Palim. Como sempre o momento mais aguardado do show não deixou a desejar. Sempre que os Palins tocam “A Burkha” coisas bizarras acontecem, dessa vez não foi diferente. Invasores de palcos, guitarras ao chão, banda no lugar do público e público no lugar da banda. Aconteceu de tudo no auge da insanidade do show da banda maringaense, que fechou com chave de ouro e deixou a próxima banda em uma situação complicada.

A Silêncio, que subiu ao palco depois dos Palins, sofreu com o desgaste físico do público – menos de um gordinho de cinza que incansavelmente tentava agitar a galera. Apesar disso, a banda não se intimidou e mandou várias de suas composições. O show foi bem legal, as músicas dos caras são bem bacanas, porém, tocar depois daquele show que os Palins fizeram não era para qualquer um. Regados a Ypióca, a Silêncio terminou o show, também arrancando elogios de várias partes. Inclusive da equipe Garagem que recebeu agradecimentos sinceros de Tiago Ponti, pelas “últimas palmas”.

Para fechar a noite, subiu ao palco a tão aguardada banda paulista Ludovic. O público já esperava algo insano, isso porque nos cartazes havia frases que definiam o show como “o mais perigoso do rock nacional”. Era tudo verdade. Jair Naves, vocalista da banda é louco. O público ao vê-lo em cima do palco, também ficou louco.

Jair Naves arrancou pedaços do palco, quase quebrou cadeiras, subiu em cima da bateria e quase agrediu os companheiros de banda. Deitou, rolou e ajoelhou em cima do palco. Saiu e voltou para o palco umas cinco vezes, com direito a uma volta em torno do bar em uma das vezes. O Ludovic encerrou a noite tirando suspiros de todo o público maringaense. O show do Ludovic é simplesmente indescritível.

Quando todos pensavam que a noite havia acabado, eis que surge Flávio Silva com a sua discotecagem dançante. Júlio, baterista do Ludovic, fez um show à parte. Empolgado com as músicas que Flávio Silva tocava, o baterista encarnou o Michael Jackson e dançou até às sete horas da manhã, levando ao delírio algumas garotas que, indignadas, fitavam o rapaz. (Thiago Oliveira)

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