Cinema em Maringá é um grande problema. Não estou falando de problemas no sentido de se produzir um filme, estou falando de problemas de assistir a um filme.
Atualmente Maringá, possui dois cinemas. Juntando os dois, chegamos, na semana passada, ao fabuloso numero de nove salas, e mais fabulosamente ainda, juntando as nove salas chegamos a grande quantidade de dois filmes em exibição. Sim, é verdade, temos apenas dois filmes em exibição, assim como em muitas cidades do Brasil. “Homem Aranha 3” que segundo o jornal Estado de São Paulo, ocupa 690 salas de cinema no país (sendo três delas em Maringá) e “Piratas do Caribe 3” que ocupa seis das nove salas da cidade. Espero que você tenha assistido os dois filmes anteriores das trilogias que estão em exibição, se não, nem ao cinema você poderá ir.
“Cheiro do Ralo”, um ótimo longa-metragem nacional, conseguiu ficar nas salas - ou melhor, na sala, afinal era em uma única sala que o filme estava sendo exibido- dos cinemas maringaenses por uma semana. Perdi as contas de quantas semanas o filme da Xuxa ficou em cartaz em Maringá. Também não quero imaginar por quanto tempo o Homem Aranha ficará em cartaz.
A salvação dessa semana sem opções para o cinema, foi, talvez, a 4ª Edição do Festival de Cinema de Maringá, que além de ser gratuito, está exibindo mais filmes nacionais do que os cinemas maringaenses exibem em um ano. Isso sem falar dos curtas, que são coisas raras em Maringá.
Pela primeira vez vi uma sala exibindo um filme nacional e com todos os lugares ocupados. Talvez porque no festival de cinema só tinha uns 40 lugares ou talvez porque era de graça. Na melhor das hipóteses, o público tentou optar por algo diferente aos campeões de audiência norte-americano. Coisa que é difícil de se acreditar, já que “Ó, Pai ó” eu assisti sozinho e “Cheiro do Ralo” com mais no máximo dez pessoas.
Portanto, assim que entrar em cartaz algum filme nacional do seu agrado nos cinemas maringaenses, corra! Porque eles sempre passam por pouco tempo. Ou então, não vá, espere ele chegar em uma locadora (se é que isso vai acontecer) e pague um quarto do valor da entrada do cinema. (Thiago Oliveira)
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