domingo, 17 de junho de 2007

Editorial - Liberdade de imprensa: uma conquista justa

Trabalho, seriedade e muita dedicação. É principalmente, com estes ingredientes que chegamos a 13ª edição do Inconstrução. Durante este período - pouco mais de dois meses - levamos ao leitor informações diversificadas como: política, entretenimento, atualidades, cultura, entre outras.

É com orgulho que redijo este editorial, pois, aqui deixamos a opinião do nosso veículo e nossa visão sobre determinados assuntos. Aproveito para deixar o nosso muito obrigado aos leitores que nos tem acompanhado e acreditado em nosso trabalho.

Hoje, vamos comentar sobre um assunto que revolucionou a impressa no Brasil: ´a liberdade de imprensa´ que foi comemorada no dia 7 deste mês. Aliás foi uma conquista mais que justa, muito sofrida por sinal. Através desse marco histórico conquistamos o direito de levar a informação ao público e ser livres para informar.

Na época do regime militar, fazer jornalismo era uma missão quase impossível. Nas redações havia militares responsáveis em selecionar o que o veículo publicava ou deixava de publicar. Qualquer conteúdo que, direto ou indiretamente atingisse o governo era excluído.

Em algumas situações, os editores como forma de expressar a censura ao leitor, publicavam receitas de culinária em espaços onde matérias deveriam ser publicadas. Foi uma época em que muitos jornalistas chegaram ser assassinados. Porém este martírio terminou no final da década de 80 com o final da ditadura militar. A partir daí a imprensa passou a conquistar cada vez mais seu espaço.

Apesar de já ter vencido censuras impostas pelo regime militar e muitas outras, na atualidade, a liberdade de imprensa encontra-se ameaçada em razão do monópolio crescente dos meios por grandes empresas transnacionais de informação e entretenimento. No Brasil, são vários os fatores que impedem o exercício de uma imprensa livre, sem vínculos econômicos e políticos.

A concentração da propriedade dos meios nas mãos de poucas famílias. A falta de escolarização da população e a limitação do consumo de produtos culturais. A ausência de crescimento econômico que dê sustento e autonomia às empresas de porte médio, o que leva jornais, principalmente do interior, a servir como braço de políticos ou do governo.

Com a liberdade de imprensa muita coisa mudou. Se compararmos com a imprensa brasileira do início do século XX, tivemos uma grande evolução. É muito melhor, inclusive, que a imprensa da década de 1970, referenciada por muitos pela combatividade durante o Regime Militar, combatividade essa que a literatura recente tem questionado.

Com o passar dos tempos, a imprensa se profissionalizou e passou por processos tecnológicos, como a informatização por exemplo, o que deu maior agilidade, rapidez e adequação para atingir um público mais diversificado com produtos. Os impressos estão em busca de um lugar ao sol diante da força da imprensa on-line. A TV se adequando rapidamente à revolução digital, que deverá movimentar o setor nos próximos 5 a 10 anos. Porém, em termos de qualidade informativa, acreditamos que a imprensa ainda deve muito ao público.

Enfim caro leitor, para não estender muito a conversa, encerro o assunto dizendo que a Liberdade de Imprensa é uma liberdade que ainda temos que conquistar em muitas regiões do Brasil. E esta liberdade demanda um posicionamento mais crítico e atento da população quanto aos seus direitos por uma informação de qualidade e isenta. É preciso que os movimentos em torno da democratização dos meios sejam incentivados e que o Conselho Nacional de Comunicação ganhe força e se instale nos estados e municípios brasileiros. (Walter Pereira)

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