domingo, 3 de junho de 2007

Notícia – Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrará em vigor

O acordo internacional entre países da Língua Portuguesa propõe tirar acentos do vocabulário brasileiro. A proposta do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa tem por objetivo eliminar acento circunflexo e em alguns casos o acento agudo e, definitivamente, o trema, para unificar a escrita da Língua Portuguesa em todo o mundo, facilitando o uso do português em congressos, palestras e outras atividades internacionais. No Brasil entrará em vigor conforme a necessidade de reposição, tempo suficiente para impressão dos materiais didáticos e dos dicionários, informou o Ministério da Educação em nota de seu site.
Leliane Bassiga, monitora de redação do Colégio Nobel e professora da Escola Municipal Lázaro Ribeiro Vilela acredita que essas mudanças estruturais não trarão grandes problemas, porque o trema já se encontra em desuso há algum tempo. Já no acento agudo e circunflexo, ela acredita que o maior problema será na pronúncia, mas a palavra será facilmente identificada pelo contexto. “Creio que justamente por nossa língua ter muitas regras e exceções, essa exclusão será facilmente aceita pelos alunos”, afirmou Leliane Bassiga.
O acordo propõe a ausência do acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente indicativo ou do subjuntivo dos verbos e seus decorrentes, ausência também nas palavras paroxítonas terminadas em “o” duplo, como vôo. O fim do trema, que estará presente apenas em nomes próprios ou derivados. O acento agudo será suprimido para diferenciar verbo de preposição e também nos ditongos abertos “ei” e “oi” de palavras paroxítonas.
O documento foi proposto em 1990 aos países-membro da Comunidade dos países de Língua Portuguesa (CPLP), que consistia em um Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Esse documento tinha sido assinado por cinco (Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Timor-Leste e Portugal) dos oito participantes, recentemente São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Brasil também assinaram. (Tânia Caroline Mella)

Um comentário:

Rodrigo Ghedin disse...

Bobagem isso. A beleza da língua portuguesa está nas inúmeras regras, exceções e tudo mais. Querer modificar isso, no sentido de simplificá-la, é o mesmo que dar o braço a torcer para a ignorância.

O certo não é rebaixar o idioma para torná-lo viável aos ignorantes, mas sim melhorar a educação para que, deste modo, todos, incluindo os ignorantes, consigam, no mínimo, entendê-lo.

Mudança por mudança, seria muito mais válido remover aquele excesso de "c" que existe no português lusitano (exemplos: director, actual etc.). Se bem que, particularmente, o melhor é deixar tudo do jeito que está mesmo...

[]'s!