O presidente Hugo Chávez não escandaliza mais com sua postura antidemocrática. O malfadado golpe militar que o arrancou do Palácio de Miraflores por apenas dois dias em 2002, somado ao desgaste dos partidos tradicionais venezuelanos e ao cheiro de enxofre do presidente Bush são alguns dos fatores que contribuíram para a solidificação da figura autoritária do comandante Chávez.
A não renovação do canal de televisão independente RCTV, que sempre atuou como oposição ao governo chavista e arquitetou o fracassado golpe, atende aos desejos da maioria dos venezuelanos. Um presidente militar cada vez mais fortificado, incitando ódio à americanização e liderando os países latino-americanos.
Alimentado pelos petrodólares, o governo mantém a inflamável metralhadora verbal. Propõe acordos comerciais lucrativos com países mais pobres em troca do incondicional apoio político e segue a pregação do que chama de Revolução Bolivariana, uma revolução baseada nos ideais do “libertador” Simon Bolívar.
Logo, Hugo Chávez domina a situação que qualquer animal político gostaria de dominar. A direita, demasiadamente enfraquecida e apreciadora das figuras de esquerda que é, esconde a inveja.
Como o governo venezuelano é incapaz de conviver democraticamente com opiniões contrárias à sua forma de condução política, usa mordaças para emudecer e sufocar o debate crítico. Calar é retroceder. (Alexandre Gaioto)
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