domingo, 10 de junho de 2007

Artigo - No Meio Ambiente nada é independente

É difícil falar em aquecimento global quando congelo a mão para digitar esse artigo. Mas a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Agricultura, junto com a Câmara Municipal de Maringá, programaram algumas atividades relacionadas com a preservação ambiental, aproveitando que dia 5 de junho foi o Dia Mundial do Meio Ambiente.
Durante o evento autoridades e pesquisadores da área celebraram uma discussão sobre como evitar a disseminação do aquecimento global.
Atitudes como esta, mostram como esse assunto não é nada clichê e, por mais que algum dia alguém diga que está cansado de ouvir falar em aquecimento global, isso nunca vai estar fora de pauta até que se reverta a situação. O aquecimento global ficou mais “famoso”, depois que os EUA não assinaram o Tratado de Kyoto que “obrigava” os países pertencentes a ONU a diminuir as emissões de poluentes na atmosfera terrestre. O aquecimento global nada mais é do que um fenômeno climático, ou seja, um aquecimento acima da média da superfície da Terra.
Mas a situação, em relação ao meio ambiente, não está nada bonita. No Brasil os maiores impactos são nas áreas litorâneas, no semi-árido nordestino e principalmente na Amazônia. Segundo dados da ONG ambiental WWF- Brasil, o principal causador do aquecimento global é antropogênico, ou seja, feito pela ação humana.
A Revolução Industrial do século XIX foi o principio do fenômeno. Desde 1860, segundo pesquisas meteorológicas, a Terra aumentou entre 2 e 6ºC. O aquecimento não é uniforme, mas acredita-se que nesse tempo também que as irradiações solares tenham aumentado de 45 à 50%.
É difícil falar de aquecimento global e deixar de lado o efeito estufa, o buraco na camada de ozônio, a possível falta de água, e por ai vai, pois um fenômeno é ligado a outro. As emissões de raios solares contribuem para o aquecimento do globo, o que causa o efeito estufa e o aquecimento global contribui para a destruição da camada de ozônio.
As conseqüências de todos esses fenômenos podem ser letais para o planeta. Como o derretimento das calotas polares, o aumento do nível do mar, mudanças drásticas dos padrões climáticos, e consequentemente afetando o ser humano e os demais seres vivos.
Com essas mudanças climáticas muitas espécies podem ser obrigadas a sair de seu habitat e explorar outros ecossistemas, ou pior, serem extintas. Todo dia, “aparece” um bicho “novo” que está desaparecendo. Só no Brasil tem a Arara-azul, o mico-leão-dourado, o lobo-guará, o tucano, a capivara, e o boto - cor-de-rosa, que ficou conhecido só na lenda.
Não podemos esquecer que não só os animais correm riscos com a mudança do ecossistema. Todo mundo já cansou de ouvir que ficar exposto ao sol causa câncer de pele. Mas também quem não reparou que o sol desse verão estava muito mais penetrante. Até para quem ama passar o sábado em baixo do sol foi cansativo. E como diria a composição profética de Sá e Guarabyra, “Vai ter barragem no salto do Sobrdinho, e o povo vai se embora com medo de se afogar”, e termina com “O sertão vai virar mar, dá no coração, o medo de algum dia o mar também vire sertão”. (Lizandra Cortez Gomes)

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