O estudante é a ferramenta motora em potencial de um país. Serão as vozes do amanhã, médicos, advogados, engenheiros, políticos, nossos futuros líderes. O poder de transformação desses seres pensantes é imenso. Em especial o dos estudantes universitários, os quais muitos já estão engajados em projetos e movimentos em prol da mudança social. Falemos então de saúde, de educação, de política, de tráfico, de violência. Mas também de eutanásia, aborto, casamento gay, abuso sexual, células-tronco, transgênicos, e, o tão em voga atualmente, aquecimento global. Agora deixem o descaso e a inércia de lado. O próximo passo é agir. Corpo estudantil: mexa-se!
Critiquem, debatam, reflitam, sugiram, protestem, organizem passeatas silenciosas, cibernéticas, contra ou a favor, mas, acima de tudo, demonstrem que continuam vivos, atentos e ativos.
Impressiona o fato de que a cada ano aumentam mais e mais os milhões de telespectadores que se dispõem a votar por este ou aquele brother para ‘deixar a casa mais famosa do Brasil’, enquanto milhares morrem diariamente e não consegue-se reunir meia dúzia de gatos pingados para marchar em protesto. As tragédias precisam bater à nossa porta para que nos mobilizemos por uma causa maior. Com a gama de problemas enfrentados hoje pelo país, se faz necessária uma revolução. Revolução individual, aí dentro dessas cabecinhas com fones de ouvido movidas a conformismo e alienação.
Se não pensarmos no futuro, vamos engordar as listas de integração a programas como bolsa escola e bolsa alimentação. Afinal, quem vai resolver tantos pepinos quando você (realmente) crescer? Quais serão as dificuldades encontradas daqui a três ou cinco anos, sabendo que os problemas se agravam em proporções absurdas enquanto você descansa no sofá? Ou pensando mais longe, que espécie de país você vai deixar de herança para os seus filhos? E se não se dispuserem a encontrar uma solução para combater a apatia que assombra e consome a população, vai faltar Amazônia para tanto formulário de inscrição bolsa-auxílio.
O jovem se acomoda, mas o Estado vêm tratando com descaso a educação no país. Desde os primeiros anos letivos até a formação universitária. Para contribuir com a situação, o adolescente não tem em quem se espelhar. Não há bons exemplos dentro ou fora de casa. O valor da família se perdeu no corre-corre do dia a dia. Os políticos são corruptos, os médicos são negligentes e até as entidades religiosas se envolvem em escândalos de lavagem de dinheiro e pedofilia.
È tão crítica a situação, que hoje professores são agredidos dentro das salas de aula. Alunos carregam os mais diversos artefatos e dispositivos de fogo em suas mochilas. Foi-se o tempo em que estes profissionais eram respeitados e reconhecidos. Ainda está em tempo de reverter o quadro educacional. Comecemos por demonstrar com mais fervor tanta indignação. Precisamos cultivar melhor essas crianças. Adubemos o jardim da infância com esporte, cultura, muitos livros e professores capacitados. Vamos estimular estas sementinhas. (Renata Zibetti Favarão – editora da edição n. 5)
3 comentários:
Renata, muito bom o seu editorial...adorei! na minha opinião a melhor matéria desta edição!
Aposto que foi a propria Renata que postou isso ai em cima
aposto que vc é algum idiota da nossa sala
Postar um comentário